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Estação Cultural Paula Souza será inaugurada neste sábado com modas e histórias

Guilherme Cardoso (Portal Porque)

A atração especial da inauguração ficará por conta dos Manducas de Fiúza, que vão tocar e contar modas e causos do caipira paulista. Foto: Divulgação

Neste sábado (19), às 19h, será inaugurada na cidade de Sorocaba a casa de cultura Estação Cultural Paula Souza. A entrada é franca e não há necessidade da retirada de ingressos antecipadamente. O novo espaço cultural fica na rua Doutor Paula Souza, 420, no Centro.

O projeto nasceu de uma parceria entre o Grupo Manto Companhia de Teatro com o Movimento de Preservação Ferroviária, depois de uma aproximação entre os dois grupos durante o período de pandemia. Contou, também, com o apoio do edital Proac Expresso Direto nº 40/2021, que tem por finalidade apoiar projetos que busquem a manutenção de espaços culturais.

O novo espaço da cultura de Sorocaba conta com uma sala de espetáculos com capacidade para até 40 pessoas, um vagão – tombado como patrimônio histórico – adaptado para o uso de recepção da plateia e uma área de convivência (externa) para apresentações e exposições ao ar livre. Conforme Valter Chanes, ator e produtor do Grupo Manto, o local terá por finalidade promover apresentações de todos os segmentos das artes da cidade.

Luciano Leite, dramaturgo e produtor do grupo Manto, espera que o projeto “ajude a diminuir o déficit por espaços alternativos para apresentações artísticas na cidade e possibilitar que a sociedade possa, novamente, usufruir do próprio patrimônio construído, ao longo do tempo, pela classe trabalhadora”.

A atração especial da inauguração ficará por conta dos Manducas de Fiúza, que vão tocar e contar modas e causos do caipira paulista. O grupo promete, assim, recuperar histórias e canções do caipira no primeiro espetáculo da Estação Cultural.

Formado por Zé Bocca na contação de causos, Marcos Boi na rabeca, violão e no vocal e Maurício Toco na viola, o trio cantará modas de Nhô Juca, Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e Pardinho, Carreirinho, Alvarenga e Ranchinho, Raul Torres e Florêncio, além de causos de Cornélio Pires e de Zé Bocca.

Histórico

O Grupo Manto, criado no ano de 2002, já realizava, desde 2012 até 2016, espetáculos e apresentações em outro complexo ferroviário da cidade, nos barracões da Estrada de Ferro Sorocabana.

Neste período, em parceria com a América Latina Logística (ALL), antiga concessionária do patrimônio ferroviário da região, houve a readaptação deste espaço para que pudesse receber espetáculos da companhia.

Luciano Leite lembra que o local virou um espaço cultural de fato, onde ocorreram diversas apresentações e expressões artísticas. Com a mudança de concessionária, da ALL para a Rumo, as atividades do grupo tiveram que ser encerradas nos barracões da Sorocabana, como era conhecido o local.

Durante a pandemia, a companhia de teatro Manto realizou alguns projetos em parceria com o Movimento de Preservação Ferroviária, grupo esse que atua, desde 2014, na preservação e resgate da memória ferroviária de Sorocaba.

O movimento também promove uma série de atividades, como encontros, palestras e exposições com o objetivo proteger a memória e o legado ferroviário da cidade. Além, também, de realizar a conservação do patrimônio físico ferroviário da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS), por meio da guarda e restauro de trens na Estação Paula Souza.

Com o trabalho em conjunto entre essas duas entidades — o grupo Manto e o Movimento de Preservação, contando com o apoio do Proac n° 40/2021 –, foi possível levar adiante o projeto e a sua execução do novo centro cultural da cidade.

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