
Em Sorocaba, Neusa atuou no Teatro Popular do Sesi. Foto: Divulgação/TV Globo
A atriz sorocabana Neusa Maria Faro morreu aos 78 anos nesta sexta-feira (7). Lembrada pela participação em novelas da Rede Globo como “Gêmea” (2005), “O Profeta” (2006) e “Amor à Vida” (2013), ela estava internada desde o mês passado por conta de complicações ocasionadas pela trombose. A causa da morte, no entanto, não foi informada.
Neusa fez parte de um dos mais importantes grupos de teatros sorocabanos, o Teatro Popular do Sesi. Lá trabalhou como nomes como Osório Teodoro de Morais, Rubens Pellini e Paulo Nilton, entre outros.
O ator sorocabano Paulo Betti contou ao Portal Porque que trabalhou com a atriz na peça “Aurora de minha vida”, de Naum Alves de Souza. “Neusa fez a consultoria de declamação da peça porque a mãe dela era professora da área. Foi a única vez que tive a oportunidade de trabalhar com ela”.
Paulo destacou, ainda, a importância de Neuza para a dramaturgia e para Sorocaba. “Ela foi uma das atrizes mais importantes da cidade dos últimos tempos porque conseguiu maior projeção, inclusive trabalhando em diversas novelas. Eu trabalhei com ela somente na peça do Naum, mas acompanhei sempre de perto a sua carreira”.
Nas redes sociais, Paulo Betti também homenageou a atriz: “Eu a vi na maravilhosa montagem do Teatro do Sesi, na peça “Nossa Cidade”, de Thorton WIlder, ela fazia o papel da moça heroína, Emily, que morre no trabalho de parto. Era o final dos anos 60. Neusa foi grande e múltipla. Pianista, dubladora, compositora”.

Carreira longa
Neusa Maria Faro começou sua carreira no teatro desde os anos 1970, em Sorocaba. Mas somente nos anos 1990 começou na televisão, graças a uma parceria com o autor Walcyr Carrasco. Sua primeira novela escrita por ele foi “Fascinação”, no SBT, em 1998. Posteriormente, fez outras na emissora de Silvio Santos, como “Amor e Ódio” (2001), “Pequena Travessa” (2002) e “Seus Olhos” (2004).
Em 2005, emendou tramas escritas por Carrasco, e teve seu papel mais marcante em “Alma Gêmea” (2005), onde interpretou Divina. Sua história ficou marcada pelo clássico bordão “Oswaldo, não fale assim com a mamãe”. Oswaldo (Fúlvio Stefanini) era rude com a sogra Ofélia (Nicette Bruno), e Divina defendia sua mãe assim que ela se queixava.
Posteriormente, atuou em “O Profeta” (2006), “Caras e Bocas” (2008), “Cama de Gato” (2010), “Morde e Assopra” (2011), “A Vida da Gente” (2012), “Gabriela” (2012) e “Amor à Vida” (2013). Sua última novela foi “Eta Mundo Bom!” (2016)”, onde fez uma rápida participação especial.
Neusa foi enterrada na manhã deste sábado (8) em Valinhos (SP).
Com informações de Gabriel Vaquer (FolhaPress)