
Com a autorização da Anvisa, falta apenas o Ministério da Saúde definir o calendário para iniciar a vacinação. Foto: Flickr
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira,16, o uso da vacina Comirnaty, da Pfizer, para imunização contra covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos de idade. Após análise técnica de dados e estudos clínicos conduzidos pelo seu laboratório desde 1º de agosto, a agência divulgou que as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz também para crianças dessa faixa etária. Com a autorização, falta apenas o Ministério da Saúde definir o calendário para iniciar a vacinação.
Para diferenciar das demais imunizações já aprovadas anteriormente, a Comirnaty será identificada pelo frasco com tampa de cor vinho. Para crianças de 5 a 11 anos, a tampa é laranja e, para o público acima de 12 anos, roxa. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias. Isso facilita a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores.
“A formulação da vacina autorizada deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas). As duas doses iniciais devem ser administradas com três semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada, pelo menos oito semanas após a segunda dose”, declarou a Anvisa, em nota.
Segundo a agência, a vacina tem 12 meses de validade, quando armazenada entre -90°C e -60°C de temperatura. Depois de retirado do congelamento, o frasco fechado pode ser armazenado na geladeira entre 2°C e 8°C por até 10 semanas, não excedendo a data de validade original.
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos, sem comorbidades, começou no dia 14 de janeiro, na cidade de São Paulo. Para a faixa etária de 3 a 5 anos, a liberação ocorreu em 13 de julho, de forma emergencial, com o imunizante da Coronavac.
A Anvisa contou com a consulta e o acompanhamento de um grupo de especialistas de sociedades médicas para autorizar o uso da vacina. Participaram da avaliação especialistas da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).