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Ministro do Trabalho afirma que salário mínimo deve ter novo reajuste em maio

Além do possível aumento no piso nacional em 1º de maio, Luiz Marinho adianta que Ministério vai retomar as políticas de valorização do salário mínimo e de geração de empregos

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Luiz Marinho, além de valorizar o salário mínimo, pretende gerar emprego e renda; uma das ações neste sentido será a retomada de obras públicas. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em entrevista à Agência Brasil, órgão estatal, publicada neste domingo (12).

O mais recente reajuste de salário mínimo foi em 1º de janeiro, quando ele passou de R$ 1.212 para R$ 1.302. Além do possível novo aumento, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta, informa o ministro.

De acordo com ele, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando o próprio Luiz Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007. “Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro”, lembra.

Marinho também ressaltou que a Política de Valorização do Salário Mínimo “consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”.

Geração de empregos

O ministro também destacou, na entrevista, que o governo vai retomar medidas de geração de empregos no país. “Passamos por um governo que trabalhou um processo de desmonte das relações de trabalho. Então o contrato coletivo, negociações trabalhistas, tudo isso foi atacado de forma feroz, a legislação trabalhista, a proteção ao trabalho, tudo isso foi atacado”, reclama.

“Nós precisamos enfrentar esse dilema, rever o que foi prejudicado nesse processo de relações de trabalho, para que nós possamos de novo retomar o processo de negociação, de valorizar o valor do trabalho em si, a massa salarial, geração de emprego e renda. Nossa expectativa é de trabalhar esse processo”, acrescenta.

Marinho garantiu que a gestão Lula vai investir em obras públicas como um impulso para o crescimento da economia e das oportunidades de emprego. “Nós temos a ordem de 14 mil obras paradas no Brasil, isso cria uma nova expectativa, expectativa de gerar emprego. Obra é emprego na veia”, destaca.

Mudanças no mundo do trabalho

Na entrevista à Agência Brasil, o ministro do Trabalho falou também sobre novas modalidades de serviço, como o trabalho por aplicativos. “Seguramente é uma tendência que vem com muita força. É preciso que seja introduzido nas negociações coletivas, se não nós podemos ter muita gente desprotegida no mercado de trabalho.”

“Muita gente pensa que é só entregador de pizza, ou que é só o motorista do Uber, das várias plataformas de transporte de pessoas, mas não é, está presente na saúde, na educação, na intermediação até do trabalho doméstico. Portanto, é preciso que a gente compreenda totalmente esse novo momento”, explica Luiz Marinho.

O ministro também comentou a atual precariedade do mercado de trabalho. “Ocorreu em escala gigantesca […] A minha preocupação é com os trabalhadores e trabalhadoras, são eles que nós queremos proteger, porque as empresas estão é explorando demais essa mão de obra”, conclui.

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