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Disque 180 do Ministério das Mulheres oferece proteção 24h por dia contra abusos

Com chegada do Carnaval, ministério antecipou relançamento do telefone para comunicação de crimes contra a mulher

Rede Brasil Atual

A primeira-dama Janja gravou um vídeo de orientação ao público feminino; Ministério das Mulheres retoma políticas públicas abandonadas por Bolsonaro. Foto: reprodução

Em parceria com a primeira-dama, Janja da Silva, o Ministério das Mulheres anunciou nesta sexta-feira (17) a volta do Ligue 180. Em função do Carnaval, a pasta antecipou a reestruturação do serviço gratuito de denúncias para crimes contra a mulher. Nos últimos quatro anos, o governo Bolsonaro cortou 90% das verbas destinadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.

Para reforçar a mensagem de proteção às mulheres, Janja gravou um vídeo, postado em seu Twitter, com orientações (veja aqui).

“A gente sabe que os dias de Carnaval são os dias que nós mulheres sofremos o maior número de assédios e de importunação sexual. O Ministério das Mulheres, conduzido pela ministra Cida Gonçalves, trabalhou muito nesses últimos dias para reestruturar o 180, que estava completamente desmobilizado”, disse Janja.

Assim, o ministério qualificou equipes e atualizou a base de dados do Centro de Atendimento à Mulher. Foram introduzidos termos que denominam diferentes tipos de violência de gênero, incluindo conceitos como consentimento, estupro de vulnerável, importunação sexual, violência sexual mediante fraude, estupro corretivo, por exemplo. Também foi incluída a palavra stalking na definição do crime de perseguição.

“Ao ligarem para o 180, especialmente agora no Carnaval, as mulheres precisam ter informações e orientações adequadas sobre as violências que estão passando para que possam buscar e acessar a rede de serviços o mais rápido possível”, afirmou a secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Denise Motta Dau.

Pesquisa realizada pelo Ipec e o Instituto Patrícia Galvão, em outubro, revelou que 45% das mulheres no Brasil já tiveram o corpo tocado sem consentimento em local público, mas apenas 5% dos homens admitem a prática.

Parceria

Em parceria com a ONU Mulheres, o ministério também lançou outra campanha de conscientização nas redes sociais. Com divulgação nas redes sociais, as peças terão três eixos:

  1. “Deixe o preconceito no passado”: destaca o Carnaval como uma festa da diversidade e do respeito às mulheres, sem machismo e LGBTfobia;
  2. “Festa da renda extra”: ressalta às mulheres que trabalham nos preparativos e durante a folia, gerando renda e “puxando a festa”;
  3. “Curtir o Carnaval com segurança”: que traz dicas como “pule Carnaval com pessoas que confia” e “andar em grupo pode coibir assaltos, brigas e assédios”.

Os materiais também fazem menção ao Ligue 180 para denúncias de violência contra a mulher. A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas, todos os dias, incluindo fins de semana e feriados. Tanto as próprias vítimas como qualquer um que presenciar ações de violência devem denunciar.

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