Cantora Fernanda Oliver e pastor Dirlei Paiz, seguidores de Bolsonaro, estão entre os responsáveis pela convocação, segundo a PF. Foto: Reprodução
A PF (Polícia Federal) cumpre dez mandados de prisão, na manhã desta quinta-feira (17), contra pessoas que convocaram o ato golpista de 8 de janeiro, que culminaram com a invasão e depredação da sede dos três poderes.
Entre os alvos, estão o pastor evangélico Dirlei Paiz, a cantora gospel Fernanda Oliver e influenciadores digitais. Até as 7h50, seis haviam sido presos, incluindo os influenciadores Isaac Ferreira e Rodrigo Lima.
Essas pessoas usaram as redes sociais para estimular bolsonaristas a buscar meios de transporte em todo o país para seguir até Brasília. Para isso, divulgavam um mapa chamado de “viagem para praia”, com a lista de 43 cidades do Brasil com ônibus para a “festa da Selma”. Nas mensagens, havia todas as instruções para o ato golpista fracassado, que deixou grande prejuízo aos cofres públicos e centenas de presos.
Autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, a operação inclui ainda 16 mandados de busca e apreensão no âmbito da 14ª fase da Operação Lesa Pátria. Confira o perfil dos presos:
• O pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (Santa Catarina), participou de acampamento golpista em frente ao 23º Batalhão de Infantaria do Exército. Há imagens dele com pedidos de intervenção federal, contra a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorreu em dezembro, e também contra Alexandre de Moraes;
• A cantora gospel Fernanda Oliver, que postou diversas mensagens de apoio a Jair Bolsonaro, mora em Goiânia. Famosa por ter gravado o chamado “hino das manifestações”, participou de ato em frente a um quartel em Londrina, Paraná;
• O influenciador digital Isaac Ferreira foi preso no Distrito Federal. Nas redes sociais, se apresenta com “gerente” e vende cursos sobre como ganhar dinheiro na internet;
• O também influenciador Rodrigo Lima é ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de Bayeux (Paraíba) e concorreu a uma vaga de vereador em João Pessoa em 2016. Nas redes sociais, posta mensagens de apoio a Bolsonaro e diz ser parte do “exército” do ex-presidente
