O romance “O ódio solto no pasto”, de autoria do escritor Carlos Araújo, de Sorocaba, marcará presença na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Esta informação consta de comunicado do Grupo Editorial Atlântico, que publicou a obra por meio da Editora Astrolábio. A Bienal será realizada de 2 a 10 de julho próximo no Expo Center Norte da capital.
A Bienal do Livro é o palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do Brasil, que apresentam seus mais importantes lançamentos para milhares de visitantes. Além da grande oferta de livros, o evento contará com programação cultural muito abrangente nas áreas de literatura, gastronomia, cultura, negócios e muita diversão.
“A oportunidade de ter meu romance exposto na Bienal do Livro é a concretização de um sonho e representa um importante passo na verdadeira ‘guerrilha’ de comunicação que empreendo para divulgar a obra ao grande público”, afirma Carlos Araújo.

O romance “O ódio solto no pasto”, de autoria do escritor Carlos Araújo, de Sorocaba, marcará presença na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. (Foto: Divulgação)
Esta “guerrilha” foi desencadeada, segundo justificativa do autor, pela sua compreensão do livro como produto cultural que requer um potente trabalho de marketing para atrair os leitores. “Não basta uma obra ter qualidade literária, ela também precisa chegar ao conhecimento de grande parte do público e este é o meu foco de trabalho desde fevereiro passado, quando o livro foi anunciado em pré-venda”, descreve o escritor.
ENFIM, NAS LIVRARIAS
No início de março, o livro físico começou a ser distribuído em grandes livrarias como a Martins Fontes, Cultura, Travessa e Leitura. Em Sorocaba, é encontrado na livraria Nobel da rua Barão de Tatuí, 867. Pedidos podem ser feitos via on-line à editora e às livrarias. Em Portugal, sede da editora, o livro também é encontrado. Em breve estará disponível em e-book na Amazon, Kobo e Google Play. O livro físico também é distribuído pelo autor em atendimento a pedidos recebidos diretamente em suas redes sociais.
As redes sociais são destaques como meios de divulgação. Essa frente de trabalho inclui conteúdos próprios e de booktubers. Busca de espaços editoriais na mídia tradicional como os jornais Folha de S. Paulo, Estadão e a revista de livros Quatro Cinco Um, além de suplementos literários, também são alvos de atenção do autor.
Conforme Araújo, as primeiras reações de pessoas que concluíram a leitura de “O ódio solto no pasto” são animadoras e superam as expectativas. O ator Paulo Betti escreveu ao autor via WhatsApp: “Seu livro é sensacional.” E, no seu Instagram, Betti cravou: “Carlos Araújo escreve muito bem, impossível não embarcar na sua trama!” A postagem do ator recebeu mais de 500 curtidas.
A obra mudou o comportamento de Araújo no mundo digital. Antigamente avesso às redes sociais, encontrou nelas ferramenta para contatos diários via Facebook, Instagram e Tik Tok. Um dos seus vídeos no Tik Tok alcançou mais de mil visualizações e quase trinta curtidas.
A repercussão tem sido imediata e Araújo começa a receber convites para eventos, como o da 1ª Festa Literária de Piedade, palestras com estudantes em escolas públicas e particulares, entrevistas em emissoras de rádio e até mesmo um podcast à vista. “São oportunidades generosas de falar sobre o meu livro, a literatura em geral e a vida”, diz Araújo.
Nessa maratona literária, Araújo também depara com generosas surpresas. Na 1ª Festa Literária de Piedade, por exemplo, conheceu pessoalmente os premiados escritores Evandro Affonso Ferreira e Aline Bei, e com eles trocou livros e conversou sobre literatura. Evandro e Araújo também participam do coletivo de blogs “Terceira Margem” (terceiramargem.org).
O “MILAGRE” DA PUBLICAÇÃO
O romance de Araújo conta a história de Ciro Vale, um aventureiro e anti-herói que se move num mundo hostil e cheio de perigos. A narrativa acelerada se desenvolve em ritmo alucinante, com aventuras que se sucedem e representam grandes riscos ao protagonista. A cada sobrevida, ele paga um preço alto: ganha novas chances, mas perde suas ilusões. Até quando essa existência pode continuar assim? Qualquer semelhança com o nosso mundo hostil, brutal e trágico não é mera coincidência, pois a obra também tem a ambição literária de capturar o espírito do nosso tempo. Somente o leitor pode dizer se esse objetivo é alcançado.
“O ódio solto no pasto” está concluído há 29 anos. Nesse período, a obra passou por quatro revisões até chegar ao texto definitivo. A longa espera, segundo Araújo, tem relação com as dificuldades de publicação para autor inédito. Ele acreditou que o livro jamais seria editado e classifica sua publicação como um verdadeiro “milagre”. Araújo tem concluídos mais três romances e um volume de contos, que deverão ser publicados numa sequência planejada.
CASO DE DESOBEDIÊNCIA
Araújo conta que despertou para a literatura aos 7 anos, idade em que ainda não tinha compreensão do significado desse mistério. Foi quando aprendeu a ler e começou a decifrar as palavras com grande encantamento. Aos 8 anos, disse à mãe que queria ser escritor e ela, temerosa pelas consequências de risco dessa vocação para vida do filho, disse: “O que é isso? Escritor é profissão de vagabundo.” E ela o aconselhou a desistir dessa aventura. O filho desobedeceu a mãe, ao menos nesse ponto.
Naquela infância remota, foi quando Araújo iniciou sua maratona de leituras de obras e autores, prática que o envolve até hoje. Começou pelas HQs, a Bíblia, os romances, história, filosofia. Em traduções, conheceu os clássicos das várias línguas, desde a portuguesa aos gênios das literaturas inglesa, espanhola, norte-americana, hispano-americana, os alemães, os russos, os italianos, entre outros. E também escreveu muito nesse período, em busca de caminhos para encontrar identidade e estilo próprios no complexo universo da narrativa literária.
Também fez da escrita uma fonte de renda com a produção de livros na área de biografia. Publicou há 10 anos “Companheiros: a hora e a vez dos metalúrgicos de Sorocaba”, pela Editora Loja de Ideias de Sorocaba. Produziu outros dois livros nessa linha de mercado, ainda não publicados.
Também empresário da área de comunicação, Araújo é dono da Agência Zeus. Jornalista de profissão há 35 anos, trabalhou nos jornais Cruzeiro do Sul e Estadão e em órgãos de assessoria de imprensa.
O autor se define assim: “Minha ideologia é a literatura, minha identidade são os livros, meu destino é a escrita.” É membro da Academia Sorocabana de Letras. Contatos podem ser feitos pelo Instagram escritor_carlosaraujo.