
Confederação de trabalhadores e liderança dos caminhoneiros renegam o movimento: motoristas estariam sendo feitos reféns de grupos armados. Foto: reprodução/Twitter
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) divulgou nota na manhã desta terça-feira, 1, para alertar que “não existe paralisação de caminhoneiros”. “Quem está desrespeitando a Lei e impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos e o trabalho dos caminhoneiros são grupos armados que não aceitam o resultado democrático e soberano das urnas.”
Presidida por Paulo João Estausia, que também é presidente do Sindicato dos Condutores de Sorocaba e Região, a entidade pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e às demais autoridades, que tomem “medidas eficazes” para restabelecer a lei e a ordem em rodovias onde grupos bolsonaristas armados realizam bloqueios antidemocráticos.
Segundo a CNTTL, “caminhoneiros autônomos e celetistas estão sendo penalizados por esses grupos políticos armados e agressivos que defendem interesses partidários e não representam trabalhadores e não respeitam os cidadãos”.
Leia a íntegra da manifestação.
“A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) pede ao ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes, e às autoridades competentes que tomem medidas eficazes para que se restabeleça a lei e a ordem em algumas estradas onde grupos bolsonaristas armados estão realizando bloqueios em rodovias e vias públicas desde segunda-feira (31/10).
A Confederação reforça, mais uma vez, que NÃO EXISTE PARALISAÇÃO DE CAMINHONEIROS.
Quem está desrespeitando a Lei e impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos e o trabalho dos caminhoneiros são grupos armados que não aceitam o resultado democrático e soberano das urnas. Esses grupos defendem a intervenção militar e volta da ditadura, pautas antidemocráticas que ferem à nossa Constituição, o direito de expressão e a liberdade individual.
Os caminhoneiros estão sendo reféns e vítimas desses grupos, que estão armados, fazem ameaças e os impedem de falarem com a imprensa. Isso é extremamente grave!
Essa ação irresponsável e criminosa desses grupos bolsonaristas armados colocam em risco à vida dos caminhoneiros, a saúde da população, que não conseguem acessar os hospitais, provoca desabastecimento e cerceiam o direito de ir e vir, que é assegurado na nossa Constituição.
Os caminhoneiros autônomos e celetistas estão sendo penalizados por esses grupos políticos armados e agressivos que defendem interesses partidários e não representam trabalhadores e não respeitam os cidadãos.
Diante do exposto, a CNTTL e as suas entidades filiadas de todos os modais de transporte requerem, mais uma vez, medidas eficazes das autoridades competentes para que intervenham de fato e resolvam essa situação imediatamente.
É o momento das autoridades agirem com rigor no cumprimento do comando constitucional e efetivar a prisão em flagrante de todos que estão nesse momento tentando subverter a ordem do Estado Democrático.
Paulo João Estausia – Presidente da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), vice-presidente da Federação Unitária dos Trabalhadores em Transportes e Pescas da América Latina e do Carib (FUTAC) e conselheiro deliberativo da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF, na sigla em inglês)
Carlos Alberto Litti Dahmer – líder dos caminhoneiros, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas (SINDITAC) de Ijuí-RS e diretor da CNTTL