
Os vilões do mês, de acordo com o levantamento da Uniso, foram o frango, a carne de 2ª, a muçarela e a cebola, que ajudaram a elevar o preço da cesta para R$ 1.102,31 (Foto: Canva)
Os alimentos que compõem a cesta básica dos sorocabanos ficaram mais caros em setembro. Para conseguir comprar os 34 itens no mês passado o consumidor precisou desembolsar R$ 107 a mais do que em agosto e R$ 124 a mais do que no mesmo período do ano passado.
Os vilões do mês, de acordo com o levantamento mensal do Laboratório de Ciências Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), foram o frango, a carne de 2ª, a muçarela e a cebola, que encabeçam a lista de alimentos com variação para cima, elevando o preço da cesta para R$ 1.102,31.
“Apesar dessa tendência, a alta do preço da cesta básica em setembro de 2022 (1,18%) foi em sentido contrário ao resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou queda de -0,37%. Isso significa que os produtos de consumo básico ficaram mais caros, enquanto os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA15, ficaram mais baratos”, explicam os pesquisadores.
Dos 34 itens pesquisados, 14 deles apresentaram alta no preço. A cebola foi o destaque, passando de R$ 6,28/kg em agosto para R$ 7,18/kg em setembro. A explicação para a alta de preço tem a ver com o clima adverso, que prejudicou a produção e refletiu em menor oferta ao longo do ano, tanto que, de acordo com o estudo, esse alimento tão comum à mesa dos sorocabanos foi a que mais sofreu alta ao longo de 2022.
Em seguida vem o frango, que em agosto custava R$ 10,28/kg e chegou em setembro pelo preço de R$ 11,67/kg, por conta do encarecimento dos insumos alimentares da ave, e da procura para substituir a carne vermelha, ainda em alta no mercado. Em terceiro lugar ficou o extrato de tomate (13,03%), que passou de R$ 4,76/370g em agosto para R$ 5,38/370g em setembro, seguido da muçarela fatiada (6,51%), passando de R$ 57,16/kg em agosto para R$ 60,88/kg em setembro.
Na contramão, o destaque é que dois dos grandes vilões dos preços altos neste ano, o leite longa vida e o óleo de soja, ficaram mais baratos em setembro. O litro do leite saiu dos R$ 6,47 em agosto para R$ 5,59 em setembro, por conta do aumento da oferta; e o óleo caiu de R$ 9,45 em agosto para R$ 9,00 em setembro.
Cebola e muçarela: as maiores altas do ano
A cebola e a muçarela apresentam uma tendência de alta desde dezembro do ano passado. De acordo com o levantamento, esses alimentos estão entre os itens que mais subiram de preço no decorrer do ano na cesta básica do sorocabano: a cebola que custava R$ 4,16 em dezembro de 2021 chegou aos mercados em setembro deste ano a R$ 7,18 (72,80%); já a muçarela fatiada que no mesmo período custava R$ 39,46 o quilo chegou a R$ 60,88 em setembro (54,30%).
Se comparar o aumento de um ano pra cá, os produtos que ficaram mais caros para o consumo e apresentaram as maiores variações para cima foram: a cebola (113,69%), a batata (61,22%), o sabão em pó (48,03%), muçarela fatiada (44,99%) e a margarina (39,00%). Já na lista daqueles que tiveram a maior queda percentual estão: o arroz (-9,12%) e o frango (-1,44%).