As cozinheiras das escolas da rede municipal ainda não receberam o salário de fevereiro, nem os depósitos do FGTS e estão sem a rescisão com a empresa terceirizada RC Nutry. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Sorocaba e região (Sindirefeições), a Prefeitura não cumpriu o acordo que era o de fazer o pagamento diretamente às trabalhadoras, ao invés de repassar o valor para a RC Nutry, que teve o contrato rompido após diversas denúncias de irregularidades.
A promessa de que a situação seria resolvida foi feita em reunião no dia 23 de março com representantes da Prefeitura de Sorocaba (Secretaria de Educação, Secretaria de Administração e Secretaria Jurídica) e do Sindirefeições.
Conforme o Sindicato, a Prefeitura informou na reunião que a RC Nutry teria prazo até o dia 1º deste mês para apresentar documentos do contrato, que seriam analisados pela equipe técnica do Executivo. Dessa forma, a previsão de pagamento às trabalhadoras seria feita pela Prefeitura no dia 7.
“O Sindicato procurou a Prefeitura conforme alinhado em reunião no dia 23, e em nenhum momento obteve retorno”, afirma a diretora do sindicato, Alessandra Bércio. Em comunicado enviado para as trabalhadoras, o Sindicato afirma que a Prefeitura não vem repassando nenhuma informação e que “não resta outra alternativa, a não ser um novo processo judicial contra a empresa RC Nutry, bem como contra a Prefeitura Municipal de Sorocaba”.
Para Alessandra, o melhor caminho seria a negociação para encontrar uma solução rápida e eficaz. “Estamos à disposição para encontrarmos a melhor solução”, diz Alessandra.
LISTA DE IRREGULARIDADES
No dia 4 de março, o PORQUE publicou matéria sobre o atraso no pagamento do vale-transporte das merendeiras pela RC Nutry, empresa contratada pelo governo municipal sem licitação. Apesar das irregularidades recorrentes, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou ao PORQUE que os problemas haviam sido solucionados.
Questionada novamente nesta sexta, a Secretaria de Comunicação não respondeu ao PORQUE até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para que a Prefeitura explique a falta de pagamento das merendeiras.
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