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FHC declara voto em Lula citando sua ‘luta pela democracia e inclusão social’

Fernando Henrique já havia se pronunciado contra a reeleição de Bolsonaro de maneira velada, pedindo votos para os candidatos que fossem a favor da ciência e da diversidade

Victória Azevedo (Folhapress)

“Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu FHC no Twitter. Foto: Flickr

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou, na manhã desta quarta-feira (5), apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu FHC no Twitter. Lula foi às redes agradecer o apoio. “Pela democracia e pela inclusão social. Obrigado pelo seu voto e confiança. O Brasil precisa de diálogo e de paz”, escreveu o petista. O ex-presidente tucano, que tem 91 anos, não votou no primeiro turno, por orientação médica. Como a Folha de S. Paulo mostrou, o médico recomendou que ele evitasse o tumulto que marca os dias de votação.

No último dia 22, FHC havia divulgado nota pedindo voto em favor de candidatos que defendessem as instituições, a ciência e a diversidade, em recado velado contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) — ele não citou o atual chefe do Executivo nominalmente. “Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional”, afirmou FHC.

A nota foi encarada por petistas como uma declaração velada de apoio ao ex-presidente Lula naquele momento. FHC vinha sendo cortejado há alguns dias pela campanha de Lula para que manifestasse seu apoio já no primeiro turno, dentro da proposta de formar uma frente ampla contra o atual presidente. Coordenador de programa de Lula, Aloizio Mercadante afirmou naquele dia que “para bom entendedor, meia palavra basta”. Já o coordenador de finanças da campanha de Lula, Márcio Macedo, disse ter interpretado a nota do tucano do dia 22 como uma manifestação de apoio a Lula. Segundo Macedo, a publicação de FHC descreve a trajetória e o significado da candidatura do petista.

No dia 27, o petista recebeu o apoio de cinco ministros do governo FHC: Claudia Costin, Luiz Carlos Bresser Pereira, José Carlos Dias, Paulo Sérgio Pinheiro e Aloysio Nunes Ferreira. Em maio de 2021, Lula e FHC almoçaram no apartamento do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Justiça e da Defesa Nelson Jobim. Uma foto do encontro foi publicada posteriormente nas redes sociais, após dias de afagos mútuos entre os ex-presidentes. O encontro, no dia 12 de maio, foi considerado histórico, uma vez que os dois estiveram em lados opostos nas eleições presidenciais, ou em um embate direto ou apoiando diferentes candidatos.

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