Quatro dos seis deputados federais e estaduais eleitos por Sorocaba mudaram de partido e seguiram para a legenda do presidente Jair Bolsonaro (PL), aproveitando-se da janela partidária. Os casos que mais chamam a atenção são os dos deputados Jefferson Campos (federal) e Carlos Cezar (estadual), que trocaram um partido que, em tese, está à esquerda, o PSB, pelo PL do presidente.
Já os deputados Guilherme Derrite (federal) e Danilo Balas (estadual), eleitos na esteira do bolsonarismo, em 2018, seguiram naturalmente o presidente. Balas trocou o PSL, partido de Bolsonaro em 2018, pelo PL. Guilherme Derrite deixou o PP, tradicional partido do Centrão, também da base aliada do presidente.
Apenas os dois deputados do PSDB, Vitor Lippi (federal) e Maria Lúcia Amary (estadual), permanecem no mesmo partido, após o fim da janela partidária.
DA ESQUERDA PARA A DIREITA
A troca de partidos dos deputados Jefferson Campos e Caio Cezar, ambos pastores da Igreja do Evangelho Quadrangular, chamou a atenção por ambos saírem de um partido de esquerda para acompanhar Bolsonaro no PL.
Com sete anos de mandato, Carlos Cezar atuou como líder do PSB na Assembleia Legislativa de São Paulo por cinco anos consecutivos. Já o deputado federal Jefferson Campos, entre idas e vindas, está no PSB desde 2002. Ele também passou pelo PDT, pelo PTB e PSD.
PL VIRA O MAIOR PARTIDO DA CÂMARA
Com o fim da janela partidária, na última sexta-feira, dia 1º, o PL do presidente Jair Bolsonaro se tornou a maior bancada da Câmara Federal, com 73 deputados. O número é mais do que o dobro do que o partido tinha na época da posse, quando contava com 33 deputados.
A janela partidária permite que deputados federais e estaduais mudem de partido sem correr o risco de perder o mandato.