Vivendo um momento de incertezas, passando por uma situação financeira que não é das melhores, sem calendário nacional há dois anos, mas apostando quem sabe fazer um bom Paulistão de 2023 para voltar com força no cenário estadual, o São Bento celebra nesta quarta-feira seus 109 anos de vida. O clube comemorou a data no domingo, dia 11, com a “Feijuca do Bentão 109 anos”.
Mas dentro de campo, depois de uma campanha que não agradou seu torcedor, ficando na primeira fase outra vez – no ano passado, também foi assim –, o clube de Sorocaba vive momentos de incertezas. Sem investimentos, sem grandes parceiros, espera a oficialização com o técnico Paulo Roberto para o estadual. Por seu lado, o Pouso Alegre, time que Paulo Roberto dirige e está na final da Série D do Brasileiro, com o América-RN, quer que ele fique para o Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Série C do ano que vem. Apesar do acesso comemorado e suado vice título da A2 neste ano, o momento do São Bento exige muita reflexão.
A grande questão é: quando o clube terá um projeto de médio e longo prazo para atrair investidores, e não mais depender de salvadores da pátria? Qual é o projeto de um clube que já deu muitas alegrias ao seu torcedor em mais de 100 anos, com títulos e acessos; mas o fez chorar copiosamente em várias ocasiões com campanhas vergonhosas a rebaixamentos históricos? E que vê vizinhos como Ituano, Desportivo Brasil e outros se estruturando e crescendo de dentro para fora?
O que é preciso se perguntar neste momento e tem a necessidade de ser debatido: “O que Sorocaba espera e pode fazer pelo futuro do Bentão?” Ou mais: o que o São Bento está fazendo ou pode fazer para garantir não somente sua existência e futuro, num futebol cada vez mais caro, profissional ao extremo e competitivo? Essas perguntas pairam no ar nestes 109 anos de aniversário desse gigante azul adormecido, chamado Esporte Clube São Bento!