
Apesar de liberada, a máscara deve ser usada em locais de aglomeração, alertam especialistas (Foto: Canva)A Prefeitura de Sorocaba publicou nesta sexta-feira (9) à noite, no Jornal do Município, o decreto que libera o uso de máscara em ônibus e qualquer tipo de transporte público. De acordo com o decreto, o uso da máscara só fica obrigatório em Sorocaba nos locais destinados à prestação de serviços de saúde, como consultórios médicos, farmácia e laboratórios de exames clínicos.
A decisão da Prefeitura acompanha o decreto do governo do Estado, publicado na última quinta, dia 8, que retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em transportes públicos e privados, mantendo a utilização do item de segurança apena como uma “recomendação”.
A liberação das máscaras no transporte público, tanto em Sorocaba quanto no Estado, valem desde sexta. A flexibilização, segundo o governo de São Paulo, foi decidida após recomendação do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.
A decisão foi tomada após o conselho apontar altas taxas de cobertura vacinal no Estado, expressiva queda nas internações por covid-19 e uma taxa de mortes por milhão de habitantes menor do que em países em desenvolvimento.
O Estado de São Paulo diz que, em comparação com o início do ano, houve 90% de queda das internações por covid-19. No início de fevereiro, o número de pacientes internados era 4.091. Hoje, são 363 pacientes. Já a média móvel de mortes era de 288 em 9 de fevereiro e agora, no Estado de São Paulo, está em 27.
A Prefeitura de Sorocaba não divulgou números locais e, no decreto, fundamenta sua decisão de flexibilizar o uso de máscaras na análise técnica da Secretaria Estadual da Saúde.
Infectologista recomenda uso
A obrigatoriedade do uso de máscaras em transporte público havia sido implementada ainda no início da pandemia, em 29 de abril de 2020, após o anúncio da pandemia de covid pela Organização Mundial da Saúe (OMS).
A flexibilização do uso de máscaras, agora, é vista com ressalvas pelos especialistas. Ao jornal Folha de S. Paulo, o infectologista Leonardo Weissmann, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), recomendou cuidado e o uso da proteção principalmente em locais fechados, como em ônibus.
“A pandemia ainda não acabou. Enquanto houver circulação do vírus, não se pode descartar a possibilidade do surgimento de novas variantes, mais transmissíveis ou até mesmo com evolução diferente do que vimos até o momento. Sendo assim, podemos ter uma nova subida de casos. Se isso acontecer, essa medida poderá ser revertida”, adverte o infectologista.