
Durante a operação são apreendidos computadores, celulares, documentos e armas brancas: investigação começou no ano passado. Foto: Divulgação/Polícia Federal
Pela segunda vez em outubro, a PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão envolvendo os crimes de discurso de ódio e apologia ao nazismo na região. A nova fase da operação, batizada de Overlord – Fase II, foi realizada, nesta terça-feira (31), em Sorocaba e Votorantim.
No início do mês, a PF já havia chegado a um jovem de Piedade, de 22 anos, que tinha em casa livros relacionados ao nazismo e sobre homicídios em massa. Ele, que é aluno da Fadi (Faculdade de Direito) de Sorocaba, também fazia parte de um grupo de apologia a ideologia nazista no WhatsApp.
Na ação desta terça-feira (31), a Polícia Federal cumpriu cinco mandados em Sorocaba e Votorantim. O objetivo era esclarecer a participação dos envolvidos nos crimes investigados. A operação apreendeu computadores, celulares, documentos e armas brancas.
De acordo com informações da PF, as investigações tiveram início em novembro do ano passado após a ONG SaferNet indentificar um grupo de WhatsApp que trazia nome e foto de perfil com referência a símbolos nazistas. O grupo ainda tinha uma cruz suástica que é proibida pela legislação brasileira.
O nome do grupo era “Schutzsttafel” (conhecido pela sigla “SS”), em referência ao organismo militar ligado ao partido nazista de Adolf Hitler. Além disso, o espaço virtual denunciado era público e disponível para acesso mundial.
Os crimes investigados são aqueles previstos no artigo 20, caput e § 1º, da Lei 7.716/1989, que tem penas de até cinco anos de reclusão.
Overlord, nome da ação policial, é uma referência ao codinome utilizado pelos aliados para o desembarque de soldados na Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial, também conhecido como “Dia D”, cujo objetivo foi libertar a Europa do domínio nazista.