
Criança ferida na creche já teve alta do Hospital Regional, mas terá de ficar dois anos fazendo tratamento devido às sequelas. Foto: Divulgação/Acervo da Família
Um aluno de 4 anos do CEI 59 (Centro de Educação Infantil), em Brigadeiro Tobias, sofreu uma queda grave dentro da escola, há poucos dias, conforme relata a mãe da criança, Natália Ruiz Esposto. A unidade de ensino teria informado para ela, na tarde de quinta-feira (19) que o menino havia “quebrado um dente”. Mas, após feitos os exames, constatou-se que ele quebrou o nariz e os dois lados da mandíbula, perdeu dois dentes de imediato e mais dois após uma cirurgia de extração.
Segundo a mãe, a escola disse que ele simplesmente “caiu de um balanço e o CEI não tem câmera de monitoramento”. Até esta quarta-feira (25), ela ainda estava indignada com a falta de informações e com os encaminhamentos médicos que ela mesma precisou fazer. A Prefeityra também não responde ao Portal Porque.
“Na quinta passada, a escola me ligou dizendo que ele tinha quebrado um dentinho. Cheguei lá e vi que faltavam dois dentes e o rosto dele estava ensanguentado. Levei ao postinho de Brigadeiro Tobias. De lá, encaminharam para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona leste, com suspeita de fratura no nariz. Da UPA, esperei na fila para meu filho ser encaminhado ao Hospital Regional, que constatou duas fraturas na mandíbula”, explica Natália ao Portal Porque.
O hospital também constatou que, devido ao impacto, dois outros dentes do menino estavam pendurados e precisavam ser extraídos por cirurgia. No total, foram quatro dentes perdidos, fratura no nariz e nos dois lados do maxilar.
“Agora ele tem que ficar 62 dias comendo comida pastosa e dois anos fazendo tratamento bucomaxilofacial. Onde estão os encaminhamentos [da Prefeitura]? Cadê a Justiça? Cadê os direitos do meu filho?”, indigna-se a mãe.
Sem respostas
O Porque procurou a creche CEI 59 para obter informações, mas a diretora não estava presente no início da tarde desta quarta (25). A orientadora pedagógica da escola disse que só quem estava autorizada a passar a informações seria a Prefeitura. Questionado pela reportagem, o governo municipal optou por não responder.
Segundo a avó da criança publicou em suas redes sociais, duas semanas atrás o menino já havia voltado da escola com cortes e furos na cabeça. “Agora ligam para minha filha ir busca ele nesse estado? A única coisa que sabem dizer é que não podem dar informações sem autorização da diretora!”
Em julho, o Portal Porque publicou reportagem sobre uma criança que voltou machucada na escola três vezes na mesma semana, no Jardim dos Estados. Os comentários de pais era de que a Prefeitura havia dado folga a funcionários e não contratou novos para substituí-los.
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