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Faixas pela cidade fazem contraponto à versão bolsonarista da Independência

Fernanda Ikedo (Portal Porque)

Faixas foram afixadas na região central, um dia antes das comemorações oficiais do 7 de Setembro (Foto: Divulgação)

Em viadutos e pontes de Sorocaba, foram estendidos faixas no Dia da Independência, na quarta-feira, 7, para lembrar que “uma verdadeira independência passa por um projeto popular para o país” e protestar contra o governo Bolsonaro.

Antes das 7h, já se podia ver faixas no viaduto da Dom Aguirre, próximo ao terminal São Paulo. e na ponte do rio Sorocaba. A ação foi realizada por militantes populares e estudantis, como contraponto às celebrações do dia. O objetivo foi dar visibilidade ao agravamento da miséria no país.

O tema também foi debatido pelas ações do Grito dos Excluídos e Excluídas, em São Paulo (leia aqui), que, neste ano, ressaltou: “Por terra, teto, pão e democracia – pão e viver bem”. Na Praça da Sé, aproximadamente cinco mil pessoas participaram do ato da 28ª edição do Grito, que distribuiu pão às pessoas em situação de rua.

Uso da estrutura na Marcha

O uso político da Marcha para Jesus, em Sorocaba, causou revolta em diversas pessoas que participaram do evento. “Logo depois do principal show, virou comício para o Bolsonaro, com uso de um aparato público”, destacou uma artista sorocabana presente, que preferiu não se identificar. “As pessoas iam à igreja e o pastor ajudava a aceitar Jesus. Agora as pessoas vão à igreja pra aceitar Jair Bolsonaro como Salvador do país!”, indigna-se.

Outra pessoa que enviou relato ao PORQUE diz ter ficado chocada com as falas, no Parque das Águas, onde aconteceu a Marcha. “Vim com meu irmão, mas falaram que nossa bandeira jamais será vermelha. Que isso? É muita fake news misturada à fé”, ressalta.

O uso de estruturas do Estado nas comemorações do Bicentenário da Independência por parte do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) deve resultar em ações na Justiça Eleitoral (leia aqui). Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil) anunciaram que iriam acionar o Judiciário.

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