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Fogo em ônibus foi retaliação por morte em confronto com PMs no Laranjeiras

Três suspeitos são detidos, mas por crimes relacionados ao tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e receptação; eles teriam confessado participação no incêndio

João Maurício da Rosa (Portal Porque)

Um dos suspeitos é conduzido para a sede da Deic em Sorocaba: até o momento, não há informações sobre quem liderou a ação. Foto: Divulgação/Polícia Civil

O ataque a um ônibus que foi incendiado no Parque das Laranjeiras, zona norte de Sorocaba, em 12 de setembro, foi cometido por um grupo de pessoas residentes no bairro em retaliação à morte de um suspeito em confronto com policiais militares, conclui a equipe de investigação que trabalha no caso. Ainda conforme a Polícia Civil, a maior parte dos incendiários tem relação com roubo e furto de veículos.

Três suspeitos pelo incêndio foram presos, mas por crimes relacionados ao tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e receptação. Eles teriam confessado participação no incêndio e a motivação do crime, segundo a delegada Luciane Bachir, titular da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Sorocaba. O desfecho da investigação foi relatado em entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (4).

Segundo testemunhas, cerca de 20 pessoas participaram do incêndio ao ônibus. O ato aconteceu no início da noite de 12 de setembro, o que prejudicou a qualidade das imagens captadas por câmeras próximas, conforme explicou a delegada.

“A Polícia Civil iniciou investigações logo em seguida, mas teve dificuldades para identificar os incendiários por falta de qualidade nas imagens de algumas câmeras. No desenrolar da investigação, apuramos que a maioria dos envolvidos no incêndio também tinha envolvimento com crimes patrimoniais, notadamente furto e roubo de veículo”, conta Luciane.

Ainda de acordo com ela, três dos envolvidos no incêndio tinham relacionamento com o homem morto em confronto com a Polícia Militar. Com este resultado, Luciane obteve um mandado de busca e apreensão em suas residências.

“Todos eles [se referindo aos suspeitos] foram detidos em casa, na presença das famílias. Dois ainda vivem com a mãe. Nenhum deles tem uma ocupação lícita e todos possuem passagem pela polícia”, afirma.

Os presos têm 18, 20 e 23 anos. Um deles escondia uma arma dentro de um travesseiro e drogas em um forno e em um armário. Um segundo guardava drogas em sua casa e cobrava por isso. O terceiro, que Luciane considera o principal, estava com uma motocicleta furtada.

A delegada disse que a investigação terá continuidade para identificar mais participantes do ataque ao ônibus. Até o momento, a Deic não tem informações sobre quem liderou a ação e se tem algum grupo organizado por trás do movimento.

 

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