Uma família sorocabana sofre um drama com seu filho autista desde o início do Governo Manga. Jeferson Soares e Aline Barros não recebem da Prefeitura a medicação de alto custo canabidiol para seu filho Gabriel, de 16 anos, que, sem o remédio, tem de 30 a 40 convulsões epiléticas por dia. Segundo o pai, antes, o canabidiol ajudava a melhorar a qualidade de vida de Gabriel. Hoje, a falta do tratamento pode leva-lo à morte.
A situação é ainda mais grave porque a Prefeitura tem recebido o dinheiro do governo estadual para comprar o remédio de Gabriel. O pai, Jeferson, conta que entrou com ação contra o Estado de São Paulo entre 2016 e 2017 para fornecer o medicamento, que custa cerca de R$ 2,3 mil o frasco e dura uma semana. A Justiça deu ganho de causa para a criança com autismo severo e o governo estadual iniciou o repasse de verbas para compra dos remédios à Prefeitura de Sorocaba, que deveria comprar e fornecer o produto à família.
Jefferson contou que mesmo durante o impeachment do ex-prefeito José Crespo, a posse de Jaqueline Coutinho, na nova saída de Crespo e o retorno de Jaqueline, o remédio nunca faltou. “Com a regularidade no tratamento, meu filho interagia com a gente, brincava, ia à escola. Agora ele está prostrado numa cama e têm convulsões dia e noite”.
Já no início do governo de Rodrigo Manga (Republicanos), em 2021, a família vem enfrentando falhas nas datas de envio e quantidade de Canabidiol fornecidos, em desacordo com o determinado pela Justiça e pago pelo Estado.
Em março deste ano, procurando a Prefeitura, a família foi informada que não iria mais receber o medicamento. Eles passam a conseguir alguns frascos fazendo vaquinhas ou recebendo doações. O custo mensal de compra em farmácia seria de quase R$ 10 mil. E a família não tem condições de arcar com esse custo. Recentemente, por causa de complicações na saúde (broncoaspiração), Gabriel quase veio a óbito.
Ação contra a Prefeitura
A família de Gabriel entrou com ação contra a Prefeitura para que a administração municipal devolvesse o dinheiro do governo estadual para que os pais pudessem fazer a compra. A Justiça, mais uma vez, deu ganho de causa à família. Mas a Prefeitura tem entrado com vários recursos para não cumprir a nova determinação judicial.
Como medida paliativa, a médica receitou o remédio Kepra ao menino, que é mais barato que o canabiol, mas é paliativo; é usado para conter ataques epiléticos, mas não chega nem perto do efeito positivo da medicação à base de cannabis para o caso grave de Gabriel, contou o pai ao Portal Porque.
Como ajudar
A família pede que a situação dela seja compartilhada nos mais variados meios de comunicação e nas redes sociais, para tentar sensibilizar as autoridades.
Quem quiser contribuir por PIX, o número é: 15 98177-8307 (Aline Barros). As informações e outras formas de ajuda podem ser esclarecidas por telefone pelos pais de Gabriel: Aline Barros (15 98177-8307) e Jeferson Alves (15 99180-5595)