
Eliminar os criadouros do Aedes aegypti é a principal forma de evitar que o município viva um novo surto, semelhante ao de 2015, com mais de 54 mil casos e 28 mortes confirmadas. Foto: Divulgação/Prefeitura de Sorocaba
De janeiro a agosto, Sorocaba já soma 4.576 casos de dengue, sendo 4.496 deles contraídos na própria cidade. Já em 2022, entre janeiro e agosto, foram registrados 1.801 casos. Se comparado ao mesmo período do ano passado, os registros este ano superam em 180% o número de casos da época.
Somente em agosto, entre os dias 11 e 30, foram confirmados 76 casos, o que dá uma média de 3,5 casos positivados por dia. Além disso, há mais de 21 mil notificações aguardando o resultado da testagem para a doença.
Do total de registros deste ano, três foram fatais. Os dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam ainda que, de 2016 a 2022, foram notificadas três mortes pela doença: a de uma mulher de 59 anos, a de um homem de 33 anos e a de um homem de 58 anos, todos sem comorbidades. Ou seja: em 2023, o número de óbitos confirmados é igual ao acumulado dos últimos sete anos.
Falta de informação
A Prefeitura de Sorocaba não disponibiliza mais o mapa do índice larvário, dividido por regiões e bairros da cidade. Dessa forma, não há como saber quais os bairros que mais registram focos da doença e onde as pessoas precisam ficar mais atentas aos sintomas da dengue.
A última informação prestada pelo governo municipal foi em 29 de março deste ano, quando noticiou que as ações de combate à dengue havia derrubado os casos da doença na cidade. Nem mesmo ações de bloqueio ou vistorias são previstas ou noticiadas.
Há apenas a formatura de servidores no programa “Saúde com Agente”, do Ministério da Saúde do Governo Federal, de 65 agentes de Combate às Endemias e de Vigilância Sanitária.
Eliminar os criadouros
Eliminar os criadouros do Aedes aegypti é a principal forma de evitar que Sorocaba viva um novo surto de dengue, como aconteceu em 2015, com mais de 54 mil casos e 28 mortes confirmadas. Na época, o município chegou a contabilizar quase dez mil novos casos da doença em apenas uma semana. Os cuidados se estendem também a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho, nos vizinhos e em outros locais frequentados diariamente.
É preciso, também, manter ralos com pouco uso fechados e colocar no local uma colher com detergente ou sabão em pó. Após cada chuva ou ao lavar o quintal, repetir esse tratamento. Vasilhas de água para animais domésticos devem ser escovadas com bucha e sabão, todos os dias, e ter a água trocada, para eliminar possíveis ovos do mosquito.
Denúncias de possíveis criadouros do mosquito podem ser feitas por meio do canal 156 ou em uma das Casas do Cidadão.