
Da esquerda para a direita: Murillo Toshio (presidente do PSB em Sorocaba), Jaqueline Coutinho e Caio França (deputado estadual). Foto: Paulo Andrade/Portal Porque
A ex-prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho, que até poucos dias estava no MDB, agora faz parte dos quadros do PSB. “É o momento de Sorocaba respirar novos ares”, disse Jaqueline ao Portal Porque. A mudança de partido foi oficializada nesta quinta-feira (31), durante visita do deputado estadual Caio França (PSB) à Câmara de Sorocaba. Durante o evento, houve um momento de novas filiações partidárias.
“O PSB é um partido que tem um viés liberal, que prima pela humanização da política, pela legalidade, pela moralidade, pela transparência e para mim isso é fundamental. É momento de termos uma política renovada, com agentes políticos capacitados, competentes e comprometidos com a população. Acima de tudo, temos que ter uma administração coadunada com o princípio da eficiência”, declarou Jaqueline, que é ex-delegada de polícia.
Sobre o Governo Manga, ela diz que essa proibição de responder à imprensa (como faz com o Porque) “não é produtiva” para a política, nem para a administração pública. Para Jaqueline, a imprensa precisa informar os leitores sobre o que acontece no Executivo e no Legislativo.
Jaqueline destacou que, no evento do PSB, estava também o delegado federal aposentado Fernando Bonsack, que chefiou a Controladoria-geral do Município, criada no governo dela, para controlar os gastos com recursos públicos. O delegado também se filiou ao PSB no evento.
Ainda de acordo com a ex-prefeita, a Controladoria-geral tem vários braços, como a corregedoria, a ouvidoria e a controladoria contábil. Bonsack disse à reportagem que não ouve mais falar da Controladoria no atual governo municipal.
Independência no Estado
Em entrevista ao Porque, o deputado estadual Caio França, líder do PSB na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), falou que a posição do partido no Estado é de independência ao governador Tarcísio Freitas (Republicanos). Vale lembrar que o PSB é o partido do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e um dos principais aliados do Governo Lula.
“A gente tem liberdade para poder criticar ou elogiar. Fazemos isso na prática. O recente projeto do Executivo de aumento do teto do SUS no estado de São Paulo, nós aprovamos. Já do ponto de vista da educação, o governo estadual errou ao não utilizar dos livros do MEC. Na Alesp, a gente já assinou uma comissão de investigação sobre a vinculação do secretário da Educação com eventuais prestadoras de serviço. Tivemos algumas mudanças nas diretorias de ensino, que não respeitou uma ordem lógica e respeitosa de cada um dos dirigentes. A gente tem muita preocupação com essa área”, afirmou o deputado.
Ele disse também ter críticas em relação ao ensino digital exagerado, à tentativa de acabar com o Centro Paula Souza e erros nos materiais didáticos produzidos pelo governo Tarcísio.