
Fabíola discursa durante inauguração da Praça Anézia Prestes Gimenes: ela cumpre diversos compromissos externos enquanto chefe do Executivo. Foto: Facebook/Fabíola Alves
Em resposta ao presidente da CP (Comissão Processante) de Votorantim, o vereador Luciano Silva (Podemos), que acusou a prefeita Fabíola Alves da Silva Pedrico (PSDB) de atrasar o andamento das investigações contra ela, ao demorar cinco dias para assinar uma notificação, a chefe do Executivo votorantinense afirmou que tem agenda própria de trabalho e que isso ocasiona na ausência do gabinete algumas vezes. Por outro lado, ela atesta que nunca deixou de atender ou assinar notificações em tempo hábil.
O vereador Luciano, por sua vez, diz ter procurado a prefeita por cinco dias, antes de ela receber e assinar a notificação que autoriza a CP a iniciar a oitiva de testemunhas. Já a prefeita, por meio de nota, rebate e explica que “nas últimas semanas tem investido muita energia na instalação do Centro de Suporte e Diagnóstico para Pessoas com Câncer, o qual será instalado em breve, e que também tem trabalhado em busca de recursos para a UTI Neonatal”. Acrescenta que “para a viabilização desses e outros projetos, se ausentou em alguns momentos”.
Fabíola garante que atendeu e recebeu todas as notificações e, ainda por meio de nota, diz que “manteve contato com o vereador para acolher a notificação, da mesma forma que foi notificada todas as vezes”. A prefeita de Votorantim diz ainda que segue empenhada em buscar recursos e viabilizar projetos para melhorar a vida da população votorantinense.
Criada em 27 de junho
A Comissão Processante, que além de Luciano Silva tem os também vereadores Cirineu Barbosa (PMN) e Zelão Pereira (PT), foi instaurada em 27 de junho com o objetivo de apurar supostas irregularidades em reajustes salariais da prefeita, do vice e dos secretários municipais, praticados no ano passado.
Em 25 de julho – quase um mês depois de instaurada –, após analisar as defesas prévias da prefeita e do vice, Zelão Pereira, que é o relator da CP, recomendou o arquivamento do processo, mas teve o pedido negado por Luciano e Cirineu – eles preferiram continuar o inquérito ouvindo as testemunhas arroladas por Fabíola.
Na quarta-feira (2), Luciano, que preside a Comissão, reclamou que vinha procurando a prefeita em seu gabinete para notificá-la da decisão e começar a agendar as oitivas, mas que só na terça-feira (1°), depois de cinco dias de insistência, ela teria recebido e assinado o documento.
Ainda conforme o vereador Luciano, a demora obrigou a CP a reorganizar a agenda de oitivas. “O interesse no andamento dos trabalhos da Comissão Processante é da própria prefeita, que arrolou as testemunhas. Além disso, o rápido esclarecimentos dos fatos é de interesse público. Não se justifica dificultar o trabalho”, critica.
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