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Sindicato dos Médicos denuncia falta de profissionais e critica terceirizações

Em nota oficial, sindicato protesta contra lives feitas pelo prefeito Rodrigo Manga, que constrangem profissionais e não resolvem nada

Fabiana Blazeck Sorrilha (Portal Porque)
Eduardo Vieira, presidente do Simesul.

Eduardo Vieira, presidente do Simesul. alertou para as irregularidades nos contratos das terceirizadas e cobrou a contratação de pelo menos 300 médicos pela Prefeitura. Foto: Reprodução/Facebook

A falta de médicos e de recursos na saúde para atendimento primário à população de Sorocaba foi denunciada em nota do Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul) enviada à imprensa na manhã desta segunda-feira (3).

A entidade de classe destaca a necessidade urgente de contratação de mais médicos concursados para a rede municipal de Saúde. “Houve a contratação de apenas 18 profissionais, sendo que seriam necessários, no mínimo, 300”, diz a nota assinada pelo presidente do Simesul, Eduardo Luis Cruells Vieira.

A divulgação da nota oficial pela entidade foi motivada por uma live feita pelo prefeito Rodrigo Manga na sexta-feira (30) em suas redes sociais, na qual afirmou que médicos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Éden estariam em greve. “Este sindicato não reconhece greve de médicos em Sorocaba, mesmo tendo conhecimento de que muitas vezes as empresas contratadas atrasam pagamentos”, ressalta a nota.

O Simesul reforça ainda a preocupação com os rumos da saúde em Sorocaba, especialmente pelas terceirizações feitas, que “têm-se mostrado extremamente caras e ineficazes e os contratos foram muitas vezes criticados por nós. Alguns desses contratos, desde administrações anteriores, mostraram-se irregulares”, assevera.

O sindicato prossegue: “A prática do uso de lives em unidades de saúde não soluciona os problemas, constrange os trabalhadores e a população usuária do SUS. Por isso, o SIMESUL continua aberto para mediar eventuais conflitos que possam surgir.”

Íntegra da manifestação do Sindicato dos Médicos

“O Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região, SIMESUL, vem manifestar sua preocupação com os rumos da saúde de Sorocaba. Na sexta-feira, 30 de junho, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, fez uma live dando conta de que médicos que trabalham na UPA do Éden estariam em greve.

Primeiramente, este sindicato não reconhece greve de médicos em Sorocaba, mesmo tendo conhecimento de que muitas vezes as empresas contratadas atrasam pagamentos.

Temos demonstrado séria preocupação com os rumos da saúde em Sorocaba. Isso porque as terceirizações têm-se mostrado extremamente caras e ineficazes e os contratos foram muitas vezes criticados por nós. Alguns desses contratos, desde administrações anteriores, mostraram-se irregulares.

Temos observado ainda que os recursos da saúde com o atendimento primário têm diminuindo substancialmente.

A necessidade de contratação de médicos concursados é muito grande e só agora, recentemente, houve a contratação de apenas 18 profissionais, sendo que seriam necessários, no mínimo, 300.

A prática do uso de lives em unidades de saúde não soluciona os problemas, constrange os trabalhadores e a população usuária do SUS. Por isso, o SIMESUL continua aberto para mediar eventuais conflitos que possam surgir.

Eduardo Luis Cruells Vieira
Presidente do SIMESUL”

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