Pioneiro no Estado, o serviço de Escuta Especializada oferecido em Sorocaba para crianças e adolescentes é importante para impedir que, em casos de crime, a vítima menor de idade tenha de “reviver muitas e muitas vezes a mesma violência na narrativa”. É o que afirma a promotora da Infância e Juventude, Cristina Palma, entrevistada na edição desta quinta-feira (18) do Porque Sem Filtro, o webjornal do Portal Porque.
“Realizando essa escuta, documentando esse fato, a criança não precisa ficar tendo de repetir várias vezes a mesma história. O que, por si só, já a protege. Ela psicologicamente já fica protegida e a gente vai tratar de cuidar dessa criança”, explica a promotora.
Durante a entrevista, Cristina Palma também falou sobre a situação da rede municipal de ensino. Ela lembrou que “muitas escolas [municipais] necessitam de reparos” e que há “uma falta de vagas em creches absurda”, número que ultrapassou seis mil nomes na lista de espera no final de 2021.
“Existe um Conselho Municipal de Educação que tem de discutir as políticas públicas. O que é prioritário? Você dar essa educação de base, você dar escola para todo mundo e de qualidade ou você gastar 26 milhões de reais em kits que ninguém usou? Que foram entregues para ser montados em casa?”, questiona.
Além de falar sobre a compra dos kits de robótica e dos problemas envolvendo a rede municipal de ensino, a promotora ainda abordou a destinação do imposto de renda ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente e o TAC sobre trabalho infantil.
Cristina Palma também destacou o trabalho de sua promotoria no enfrentamento aos casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, o Projeto Escuta Especializada e como denunciar esses casos em Sorocaba.
Confira a íntegra da entrevista (a partir de 8min25s):
