
Trabalho da entidade ajuda a quebrar preconceitos em relação às adoções interraciais ou de grupo de irmãos, por exemplo. Foto: Canva
Há 20 anos um grupo de pais adotivos se uniu para ajudar outras famílias que adotaram ou querem adotar uma criança ou adolescente. Duas décadas depois, o Gaaso (Grupo de Apoio à Adoção de Sorocaba) é uma referência na cidade quando o assunto é adoção. O grupo, agora, está promovendo uma série de atividades para marcar o Dia Nacional da Adoção, que será comemorado na próxima quinta-feira (25).
A data, segundo as integrantes do Gaaso, Rita de Cassia Cação Lari e Mônica Paschoal, é uma oportunidade de reflexão, mas também é marcada por muitas ações que visam desmistificar e fomentar a cultura da adoção na sociedade brasileira.
Segundo o artigo 19 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), “toda criança ou adolescente tem o direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta”. O trabalho do Gaaso é justamente o de garantir este direito.
As atividades do Dia Nacional da Adoção em Sorocaba começaram, no início da semana passada, com a apresentação, na Uniso (Universidade de Sorocaba), da peça “Teatro da realidade – Quem é digno de amor?”, promovida pelo Gaaso.
O Gaaso
Fundado em 2003 por um grupo de voluntários, o Gaaso trabalha para ajudar pais e pretendentes à adoção e para garantir o direito à convivência familiar e comunitária de todas as crianças e adolescentes de Sorocaba.
Ao longo destas duas décadas, o grupo construiu uma relação de confiança com o judiciário da cidade e passou a ocupar um espaço importante no processo de formação e conscientização dos futuros pais e mães adotivos de Sorocaba e da região.
O trabalho do grupo se dá por meio de reuniões mensais de acolhimento com orientações bem iniciais e básicas sobre o processo de adoção e encontros temáticos mensais onde os temas são abordados com maior profundidade, buscando preparar pretendentes para a chegada dos filhos.
O Gaaso também acompanha as famílias após a adoção ser consumada, com grupos e roda de conversa com os pais e mães adotivos, proporcionando uma troca de informações e experiências.
A discussão ampla do tema, segundo as integrantes do Gaaso, também leva a uma mudança de perfil dos pretendentes que se tornam mais próximos da realidade das crianças encontradas nas instituições, diminuindo preconceitos em relação às adoções interraciais ou de grupo de irmãos, por exemplo.
Por outro lado, dizem as integrantes, surgem novas preocupações, como a preparação mais cuidadosa para a adoção tardia (adoção de adolescentes ou crianças mais velhas). A legislação permite que o processo seja acelerado nestes casos, porém a preparação dos pretendentes deve ser mais cuidadosa, uma vez que a construção do vínculo parental é mais complexa.
Mais informações sobre o Gaaso podem ser obtidas pelo WhatsApp (15) 99244-0590 ou pelo e-mail contato@gaaso.ong.br.