Os casos de violência nas escolas refletem o contexto em que a sociedade brasileira está inserida. É o que acredita a professora Paula Penha, diretora da Executiva Estadual da Apeoesp e integrante da coordenação da subsede Sorocaba e Região, convidada da edição desta quinta-feira (11) do Porque Sem Filtro, o webjornal do Portal Porque.
Para a professora, “se você não tem uma valorização vinda do governo, de certa forma, a sociedade responde a isso”. “Tem que ter um cuidado maior com os nossos jovens, com as nossas crianças que muitas vezes não é feito por parte dos governos. E aí a escola acaba sendo alvo, mas eu acho que é um reflexo de como está a sociedade. E eu acho que não tem saída fácil”, completou.
Paula também acredita que, com o fim de iniciativas como o programa Escola da Família, idealizado pelo ex-deputado estadual sorocabano Hamilton Pereira, as unidades escolares perderam um pouco de suas próprias funções sociais. “A escola, eu acho que ela perdeu muito, assim, do valor da sua comunidade, do seu bairro, quando ela foi ficando cada vez mais fechada. Eu acredito no movimento contrário. Eu não acho que tenha que ser no sentido de fechar, de parecer um presídio. Eu acho que não. Ela tem que ser mais valorizada e mais aberta à comunidade”, disse.
Durante a entrevista, além de refletir sobre a violência nas escolas, Paula também falou sobre o movimento pela revogação do Novo Ensino Médio, fechamento de salas de aula e saúde mental dos profissionais da educação, além das principais reivindicações da Apeoesp.
Confira a íntegra da entrevista (a partir de 5min34s):