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Sérgio Reze apresenta seu novo projeto autoral no Festival de Jazz neste sábado

Músico sorocabano apresentará o show ‘Sérgio Reze Falando Música Quarteto’, às 18h. Antes, às 16h, sobe ao palco Chris Neves Trio e, às 20h, Vanessa Moreno Quarteto encerra a noite

Maíra Fernandes (Portal Porque)

O baterista Sérgio Reze: satisfação por tocar em sua cidade e rever os amigos, depois de seis anos. “Chamei todo mundo.” Foto: divulgação

Após seis anos sem tocar em Sorocaba, o baterista Sérgio Reze volta para a casa em grande estilo: o músico que sobe ao palco em formato quarteto neste sábado (15), às 18h, dentro da programação do Festival de Jazz de Sorocaba, apresenta aqui, pela primeira vez, o seu projeto autoral “Sérgio Reze Falando Música Quarteto”.

Antes, às 16h, sobe ao palco Chris Neves Trio e, depois, às 20h, Vanessa Moreno Quarteto. Todos os shows são gratuitos.

“É diferente tocar aqui, para mim. Há uma sensação de voltar para casa. Juntam duas coisas muito legais; fazer o que eu gosto em um lugar bacana e, ainda, estar em casa”, fala o músico, que se apresentará ao lado de Alexandre Ribeiro (clarinete), Daniel Gragew (piano e acordeon) e Sidiel Vieira (contrabaixo).

O projeto completou um ano de estrada no mês passado e esse será o primeiro show do ano. “É um prazer iniciar a agenda deste ano em casa”, comemora.

Um dos bateristas mais respeitados do Brasil, Reze já atuou em shows e gravações de artistas como André Mehmari, Ivan Lins, Paulinho da Viola, João Bosco, Hamilton de Holanda, Arnaldo Antunes, Ney Matogrosso, Lenine, Chico Buarque, Edu Lobo, José Miguel Wisnik, Ná Ozzetti, Milton Nascimento e muitos outros. No entanto, a vontade de dirigir um trabalho seu ganhou corpo durante a pandemia de covid-19.

“Tenho atuado muito na canção brasileira, com Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik… A ideia com o ‘Falando Música’ nasceu para ser uma conversa através da linguagem dos sons, sem a palavra”, explica sobre o trabalho que apresenta em Sorocaba

Por conta do clima todo com a pandemia, de uma espécie de mal-estar coletivo, somado à polarização política instaurada e todo aquele cenário de tristeza e incertezas, a proposta do projeto foi de inverter esse olhar duro para tudo o que estava acontecendo, tendo como mote a beleza e a grandiosidade da música e dos artistas brasileiros.

“Comecei a procurar um olhar para dentro. O Brasil é tão bonito, tão rico, diverso. E a música me proporcionou viajar pelo mundo e vivenciar o quanto a música brasileira é um produto exaltado em todos os lugares. Então pensei em fazer uma cronologia a partir das músicas que fizeram parte da minha formação e com as quais eu tenho um envolvimento afetivo”, sintetiza Reze.

Para explicar o repertório, o músico traça um itinerário geográfico-musical que começa no maxixe, choro, primeiras formas musicais genuinamente brasileiras que tomaram as ruas.

Do Rio de Janeiro vai para a Bahia histórica e profunda de Dorival Caymmi, do interior baiano chega em Minas Gerais na contemporaneidade de um Clube da Esquina, movimento com o qual o músico tem uma forte relação afetiva, e chega até São Paulo, com suas parceiras e momento musical. Para fechar o roteiro, revisita o brasileiro universal Tom Jobim com “Chovendo na roseira”, também uma canção afetiva para o músico. “O Tom foi um embaixador da nossa música para o mundo.”

A empolgação em apresentar o projeto em casa só não é maior do que a de rever e ser abraçado pelos conterrâneos e amigos de longa data. “Queria convidar todo mundo para assistir ao show e acompanhar o festival, um grande presente para Sorocaba, resultado de um trabalho heroico do Marco de Almeida”, pontua, contando que a sua parte ele fez: disparou convites para amigos nos grupos das escolas que estudou: Getúlio Vargas e Objetivo. “Chamei todo mundo.”

Mais shows

Antes e depois da apresentação de Sérgio Reze, mais dois shows acontecem  no palco do Festival de Jazz de Sorocaba que, neste sábado, começa as atividades mais cedo. Quem abrirá a programação será Chris Neves Trio, às 16h.

Depois, às 20h, Vanessa Moreno, cantora que já participou de gravações e shows com Gilberto Gil, Edu Lobo, Maria Gadú, Criolo, entre outros, sobe ao palco ao lado de Tiago Costa (piano), Fi Maróstica (contrabaixo), Jônatas Sansão (bateria), para uma releitura do repertório de Elis Regina.

Serviço:

As apresentações são gratuitas e acontecem na Usina Cultural Facens, prédio localizado na margem direita do Rio Sorocaba, com acesso pela rua Padre Madureira, no Além Ponte.

Os portões para o evento (que terá estacionamento gratuito na rua de acesso à Usina) serão abertos uma hora antes do início das apresentações do dia, e não haverá distribuição de ingressos.

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