
Depois de horas de cerco, policiais conseguiram fazer com que o homem se entregasse. Foto: reprodução/redes sociais
Atualizada às 14h12
Por três horas, um coveiro foi feito refém nesta quarta-feira (12), por um homem que invadiu um enterro, em Pilar do Sul. O homem estava armado com um facão e abordou o refém por volta das 9h, durante o sepultamento de uma professora, no cemitério municipal São João Batista. O homem também espalhou bombas caseiras pelo cemitério, o que levou a polícia local a pedir reforços para conter o agressor.
A ocorrência mobilizou equipes do Gate (Grupo de Apoio Tático Especial) e o helicóptero Águia da Polícia Militar, além de atiradores de elite, policiais militares e civis, guardas municipais e uma unidade do Samu. A ação das entidades de segurança pública impediu que algo mais grave ocorresse, imobilizando o autor da ação e liberando o refém sem ferimentos.
A professora faleceu na terça-feira (11), vítima de um aneurisma. Segundo foi apurado, o rapaz é obcecado há cinco anos por uma moça que acompanhava o enterro, o que inclusive já a havia levado a registrar um boletim de ocorrência por medida protetiva contra qualquer ato de violência que pudesse sofrer. Em entrevista dada ao Pilar News, a moça disse que estudou com o homem em 2017 e, sem motivos aparentes, ele passou a persegui-la, mesmo sendo casada.
Depois da prisão, o Gate precisou utilizar o robô antibombas para assegurar que os explosivos colocados no cemitério não explodissem.
O caso mudou a rotina da pacata Pilar do Sul, fazendo com que comerciantes próximos fechassem seus estabelecimentos, assim como as ruas próximas, para evitar mais problemas aos moradores. O enterro da professora só ocorreu no início da tarde, após a calmaria voltar à cidade. Outros enterros também tiveram de ser atrasados por conta da ação policial para conter o homem e liberar o refém.