
Carol foi encontrada sem vida, pelo namorado, no apartamento em que morava no Wanel Ville, zona oeste de Sorocaba. Foto: Reprodução
O juiz que ouviu testemunhas e réu do assassinato da estudante Anna Carolina Pascuin Nicoletti, 24 anos, no início desta semana, alega que ainda há diligências a serem feitas e, por essa razão, não pôde decidir se o caso irá a júri popular.
Por sua vez, o advogado assistente de acusação, Arthur Davis, comemorou o fato de que todos os depoentes, inclusive o réu – o ex-padrastro Eduardo de Freitas –, foram ouvidos na mesma audiência, o que deve agilizar o processo de julgamento.
“Agora virão para o processo algumas diligências que estão faltando, ou seja, documentos que já foram solicitados. Aí o juiz abre para as partes fazerem alegações finais escritas e, depois disso, já decide se o caso vai a júri ou não”, explica.
O advogado assistente de acusação acrescenta que, se não houver atrasos nas diligências, a previsão é de que o processo tenha seguimento já nas próximas semanas.
A mãe da estudante, Elaine Pascuin, vê como alívio o andamento do processo. Para ela, nada vai trazer a Carol de volta, mas é importante ver a justiça sendo feita para evitar que outras mulheres também sejam vítimas de feminicídio.
Para Marcelo Jorge, advogado de defesa do réu, na audiência do início de semana as testemunhas de acusação apresentaram fatos do passado para incriminar o seu cliente que nega, veementemente, a autoria do crime e ainda afirma não ter estado no local dos fatos.
“A defesa irá pedir a impronúncia do réu, ou seja, para que ele não vá a júri popular”, adianta. “Esperamos que o processo se encerre já na primeira fase e não vá ao Tribunal do Júri, pois no entender da defesa não há elementos para levar o réu a julgamento popular.”
O que aconteceu?
Carol Pascuin foi encontrada morta pelo namorado, em 13 de novembro de 2021, com um tiro na testa, dentro do apartamento que morava no Wanel Ville, zona oeste de Sorocaba. De acordo com a mãe, a estudante vinha sendo perseguida pelo ex-padrasto que cobrava atitudes e atenção.
Além de monitorar o celular de Carol – segundo Elaine – o acusado se matriculou no mesmo curso que a jovem e há imagens de câmeras de segurança que comprovam que ele teria estado em frente ao trabalho da vítima no dia anterior ao que ela foi encontrada morta.
Enquanto Eduardo de Freitas responde ao processo em liberdade, a mãe da estudante optou por mudar de cidade alegando temer pela própria vida.
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