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Seleção brasileira inicia ciclo sem técnico e com Carlo Ancelotti como preferido

Das 32 seleções que disputaram a última Copa do Mundo, no Qatar, apenas três ainda não têm um treinador definitivo: Estados Unidos, Uruguai e Brasil.

Folhapress

Ramon Menezes conversa com Vinicius Junior: interino comanda a seleção no amistoso deste sábado (25) diante de Marrocos. Foto: CBF

O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, tem centralizado a decisão sobre o novo treinador da seleção. Para evitar vazamentos de informações, ele não conversa sobre o tema nem com a família e proibiu funcionários e dirigentes da entidade de falar sobre o assunto à imprensa.

No entanto, ele não combinou com os jogadores, pois há quase uma campanha promovida publicamente pelos atletas para que Carlo Ancelotti, 63 anos, atualmente no Real Madrid, seja o escolhido para a vaga deixada por Tite, 61, logo depois do fracasso na última Copa do Mundo, no Qatar – os brasileiros foram eliminados nas quartas de final, pela Croácia.

Ainda sem treinador definido, o elenco brasileiro começa, neste sábado (25), o novo ciclo, em vistas para a Copa de 2026, que será nos Estados Unidos, México e Canadá. O grupo está reunido na cidade marroquina de Tânger, palco do amistoso contra Marrocos, às 19h (de Brasília), com transmissão pela Band, ESPN, Star+ e o Canal Galvão Bueno no YouTube.

À beira do gramado, os jogadores serão comandados pelo interino Ramon Menezes, 50, o técnico do time sub-20, a quem o grupo tem dado apoio na difícil tarefa de reconstruir a equipe. Nesta primeira etapa, o interino não vai poder contar com uma das principais peças do time. Com uma lesão no tornozelo direito, Neymar ficou fora da convocação. Mesmo que estivesse apto a jogar, não se sabe se ele seria chamado, uma vez que o próprio atleta deixou o futuro na seleção indefinido após a Copa.

O primeiro grupo montado por Ramon, porém, tem 11 remanescentes do último Mundial e nove estreantes, como os palmeirenses Rony e Raphael Veiga. Uma provável escalação para o duelo com os marroquinos teria: Ederson; Emerson Royal, Éder Militão, Ibañez e Alex Telles; Casemiro, Andrey Santos e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vitor Roque e Vinicius Junior.

Embora tenha jogadores que, certamente, farão parte de todo o ciclo, é difícil para Ramon como interino estabelecer as bases da equipe para 2026. Essa missão deverá ficar para o novo contratado que, na opinião dos jogadores que falaram publicamente sobre o tema, Ancelloti seria o nome ideal para a missão.

O escolhido pelos atletas também agrada Ednaldo Rodrigues, mas o dirigente teria de esperar até o fim da temporada europeia, no meio do ano, para fechar com o treinador. Este, aliás, seria o prazo máximo que a CBF estima para ter um novo contratado.

Apesar de o time madrilenho estar distante do Barcelona na briga pelo título do Campeonato Espanha, a equipe está nas quartas de final da Champions League, fase em que enfrentará o Chelsea, e dificilmente vai querer entrar em um acordo antes de concluir a participação no campeonato europeu.

Em abril, o presidente da entidade tem uma viagem marcada para a Europa para tentar resolver a questão. Para contratar o italiano, teria de contar com uma liberação do Real Madrid antes do fim do contrato do comandante, que termina em junho de 2024.

Por Ancelloti, porém, valeria esperar. Dificilmente há consenso a respeito de um técnico para a seleção brasileira. E a ideia de um profissional estrangeiro sempre teve grande rejeição – às vésperas da última Copa, pesquisa Datafolha mostrava que 55% dos brasileiros se diziam contra a possibilidade. Foi só a partir da derrota nos pênaltis para os croatas que isso passou a ser visto de outra forma na CBF.

Tanto que, além do treinador italiano, os portugueses José Mourinho, atualmente na Roma, Jorge Jesus, do Fenerbahçe, e Abel Ferreira, no Palmeiras, também estariam entre os favoritos de Ednaldo Rodrigues.
O espanhol Pep Guardiola é outro com enorme prestígio, mas a própria CBF entende que seria difícil tirá-lo do Manchester City.

Após a partida contra Marrocos, a seleção só deve se reunir novamente em junho para uma nova rodada de amistosos. Os adversários ainda não estão definidos. Já as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, que será realizada em conjunto por México, Canadá e Estados Unidos, terá início em setembro.

Das 32 seleções que disputaram a última Copa do Mundo, no Qatar, apenas três ainda não têm um técnico definitivo: Estados Unidos, Uruguai e Brasil. A CBF tem pressa para sair dessa lista.

 

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