
Elenco é formado por Érica Montanheiro, Giovani Tozi, Gustavo Merighi, Maria Joana e Mila Ribeiro. Foto: Divulgação
A peça “Gaslight – uma Relação Tóxica”, último trabalho de Jô Soares, que assinou a tradução, adaptação e direção do texto, com colaboração de Matinas Suzuki Jr e Mauricio Guilherme, será encenada no Teatro Municipal Teotônio Vilela, neste sábado (25), às 21h, e domingo (26), às 19h. O espetáculo foi escrito originalmente em 1938, pelo dramaturgo britânico Patrick Hamilton, e está entre os maiores sucessos da Broadway.
O ator sorocabano Giovani Tozi, um dos idealizadores e produtores do projeto, ao lado da fotógrafa Priscila Prade, conta que a peça já estava perto da finalização quando Jô Soares morreu. “A encenação já estava toda idealizada, inclusive o cenário [uma teia de aranha de 14 metros que cobre o palco todo] quando Jô partiu. Ele só não viu os atores caracterizados [o que ocorreu no ensaio fotográfico de 5 de agosto, evento em que o diretor acompanharia por vídeo, do hospital onde estava internado].”
A versão brasileira começou a ser gestada em 2018. “Gaslight nasceu numa noite de cinema no apartamento do Jô, quando nós dois assistíamos à versão cinematográfica, de 1944, estrelada por Ingrid Bergman. Fiz o convite arriscado para levarmos a história aos palcos e ele topou”, relata Giovani Tozi.
Os ingressos são vendidos pela internet (compre por aqui) e custam R$ 60 (meia entrada) e R$ 120 (inteira). O Teatro Municipal Teotônio Vilela está localizado na Avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, s/nº, Alto da Boa Vista
O elenco é formado por Érica Montanheiro, Giovani Tozi, Gustavo Merighi, Maria Joana e Mila Ribeiro. A peça conta ainda com o cenário de Marco Lima, figurino de Karen Brusttolin (indicada ao Prêmio Shell pelo projeto), iluminação de César Pivetti, trilha sonora original de Ricardo Severo e montagem de Jô Soares, que trabalhou na concepção da encenação até os últimos dias de vida.
Sobre a peça
Baseada no filme homônimo sobre abuso psicológico nos relacionamentos afetivos, a peça retrata um casal em conflito. Jack (Giovani Tozi), no início do casamento, se mostrava doce e apaixonado. No entanto, sob a alegação de que sua mulher Bella (Erica Montanheiro) sofre de algum tipo de desequilíbrio mental, se revela um homem impaciente e menos cordial.
A esposa sente que está ficando louca, mas ao buscar amparo do companheiro para lidar com a suposta doença, encontra apenas a resistência do homem, que justifica não ter mais forças para lidar com a situação.
O texto foi adaptado para o cinema em 1944, com direção de George Cukor, e tem como origem o termo gaslighting, usado sobretudo para descrever a ação do agressor que faz com que a vítima duvide de si mesma e de sua sanidade. O termo ganhou maior repercussão nos últimos anos graças ao movimento feminista.
Gaslight estreou no Richmond Theatre, em 1938, antes de ir para a Broadway, na década de 1940. No Brasil, o espetáculo teve uma montagem notável em 1949, no TBC, com direção de Adolfo Celi.
SERVIÇO
Peça teatral “Gaslight – uma Relação Tóxica”
Quando: Neste sábado e domingo, dias 25 e 26 de março
Onde: Teatro Municipal Teotônio Vilela – Avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, s/nº, Alto da Boa Vista
Horário: Sábado, às 21h; domingo, às 19h
Ingressos: R$ 60 (meia-entrada) e R$ 120 (inteira) – para comprar, clique aqui