A objetificação do corpo feminino dificulta a luta por igualdade de gênero no país. E, para que isso seja superado, “naturalizar” a imagem da mulher é um passo importante para a construção de uma sociedade livre do machismo e do assédio. É o que afirma a instrutora de pole dance Patrícia Carnieto, proprietária de um estúdio em Votorantim, que participou da edição de sexta-feira (17) do Porque Sem Filtro, o webjornal do Porque.
Durante o bate-papo, Patrícia destacou que o pole dance sofre muito com o assédio e que, por isso, os praticantes da dança costumam fazer mobilizações virtuais em combate ao crime. “Nós ainda convivemos com uma cultura onde sempre o assédio acontece porque a mulher se comportou mal, porque ela colocou menos roupa”, afirma a instrutora. E completa: “O assédio é um ato criminoso, e acho que a gente tem muito o que falar sobre isso.”
Patrícia teve seu primeiro contato com o pole dance há sete anos, quando decidiu buscar por uma atividade física para melhorar a relação com o próprio corpo e com a maternidade. A partir das aulas, construiu uma paixão pela prática, se especializou como instrutora de pole dance e, então, abriu um estúdio em Votorantim, onde também oferece chair dance. Além de instrutora, Patrícia também é teóloga progressista, escritora, educadora física e estudante de licenciatura em Música. Sua missão, segundo ela, é ajudar mulheres a construírem autoestima através da dança.
Na transmissão ao vivo, além de falar sobre o preconceito e machismo em torno do pole dance, Patrícia também comentou quais são as queixas que recebe das alunas ao procurar pela prática esportiva e deixou um recado em relação ao Dia Internacional da Mulher.
Confira a íntegra do bate-papo (a partir de 4min36s):