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Francisco lamenta celebrar 10 anos de papado durante a ‘Terceira Guerra Mundial’

Papa denuncia indústria de armas e declara: "Sofro em ver a morte de jovens homens -- sejam eles russos ou ucranianos"

Folhapress

Apelos frequentes do papa pela paz mundial teria aumentado rusgas entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Russa. Foto: divulgação

Jorge Bergoglio, o primeiro papa latino-americano da história, que nesta segunda (13) completa dez anos como o líder da Igreja Católica, já imaginava se deparar com tensões na chefia da instituição. Mas não esperava ser papa “nos tempos da Terceira Guerra Mundial”.

A declaração foi dada pelo próprio papa Francisco em um episódio do Popecast, o podcast produzido pela mídia do Vaticano com o pontífice e divulgado no dia de seu aniversário de uma década no cargo. O papa se refere à Guerra da Ucrânia, conflito que fez o fantasma de um terceiro conflito mundial sair do armário.

Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, tem pedido por paz, e a guerra já chegou a ampliar a rusga histórica entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Russa.

O papa diz que, como alguém que “veio dos confins do mundo”, não esperava isso. “Achei que a Síria ia ser única, depois vieram as outras”, segue, referindo-se à Guerra Civil síria, que já passa de uma década.

“Por trás das guerras, há a indústria de armas, o que é diabólico”, diz Francisco nos quase dez minutos de episódio. “Sofro em ver a morte de jovens homens — sejam eles russos ou ucranianos. É difícil.”

No material disponível em italiano, Francisco volta a pedir paz. No início, mostram os apresentadores, ele pergunta o que é um podcast. “Um podcast? O que é isso? Bom… Vamos fazer.”

Ao descrever seus dez anos como papa, ele diz: “O tempo voa, tem pressa. Quando você quer agarrar o hoje, já é ontem. Esses dez anos foram assim: vivendo em tensão.”

A celebração de seus dez anos de papado contará também com uma missa para a qual foram convidados outros cardeais, no Vaticano.

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