Um homem de 28 anos é o primeiro morador de Sorocaba a ser diagnosticado com a varíola dos macacos (vírus monkeypox). A confirmação da secretaria de Saúde (SES) foi feita na manhã desta quarta-feira, 27, e as informações, até o momento, são de que o paciente está bem, em isolamento domiciliar, pois não teve que ser internado. De acordo com nota repassada à imprensa, o homem e as pessoas com as quais teve contato, seguem monitorados pela Vigilância Epidemiológica (VE). O paciente havia realizado uma viagem a São Paulo no dia 9 de julho.
Ontem, 26, a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a doença, Rosamund Lewis, disse que a situação no país “é muito preocupante” e que os casos podem estar subnotificados por não haver testes suficientes à disposição.
O caso confirmado em Sorocaba vem ampliar os números registrados no Estado de São Paulo para 741. São Paulo é o Estado com maior número de infectados no Brasil, que já tem mais de 800 casos confirmados. Com 18 mil casos confirmados no mundo, de acordo com dados recentes da OMS, o Brasil já é o sétimo país em casos da doença no mundo.
No sábado, 23, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional.

No mesmo dia, o Ministério da Saúde declarou que a pasta articula com a OMS a aquisição da vacina contra a doença.
SOBRE O VÍRUS
Apesar do nome, o vírus (da mesma família da varíola) não é transmitido por macacos. O modo de infecção se dá por meio de contato íntimo e sexual entre pessoas infectadas e com lesões na pele,). É importante manter sempre as mãos higienizadas; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos ou quaisquer objetos pessoais, entre outros.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
SINTOMAS
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
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Com informações da Agência Brasil