Má remuneração, falta de estrutura e machismo são os principais desafios enfrentados pelas mulheres que atuam no cenário artístico de Sorocaba e região. A afirmação é da artista multimídia Jessi e da cantora e compositora Fernanda Teka, que participaram da edição desta terça-feira (31), do Porque Sem Filtro, o webjornal do PORQUE.
“É bem complicado, mas eu acho que as oportunidades melhoram ao passo que tem mais mulheres produzindo, mais mulheres à frente de casas [noturnas], de espaços, porque não dá para esperar dos homens”, desabafa Jessi.
Durante a entrevista, as artistas também falaram sobre os planos de carreira para 2023, a importância de iniciativas independentes como o Festival Febre e a Colmeia Arte e, ainda, sugeriram iniciativas a serem implementadas por órgãos públicos municipais para fortalecer o trabalho de artistas locais.
Para Fernanda, editais como o da Linc (Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba) são muito importantes, mas necessitam de formações e capacitações complementares para que possam ser acessíveis a todo o meio artístico. “A maioria das pessoas não sabe como funciona. E aí, quando se depara com um projeto gigantesco assim, de 30 páginas, pedindo para você enviar certidão de todas as coisas que existem, você não vai conseguir fazer”, lamenta a cantora.
Confira a íntegra do bate-papo (a partir de 5min51s):