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Live de Manga sobre Itupararanga trouxe ‘mais problema do que solução’, diz vice-presidente do CBH-SMT

Professor da UFSCar, vice-presidente do CBH-SMT e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Crise Hídrica, André Cordeiro Alves dos Santos participou da edição desta terça-feira (24) do Porque Sem Filtro

Carol Fernandes (Portal Porque)

Uma semana após a transmissão ao vivo do prefeito Rodrigo Manga que espalhou medo sobre Itupararanga, o Porque Sem Filtro recebeu, nesta terça-feira (24), uma entrevista com o vice-presidente do CBH-SMT (Comitê de Bacia Hidrográfica Sorocaba e Médio Tietê), André Cordeiro Alves dos Santos. Para o especialista, a “Live do fim mundo”, como está sendo chamada, trouxe “mais problema do que solução” e confundiu munícipes ao usar como sinônimos as palavras “vertimento” e “rompimento”.

“A barragem é sólida. Ela foi construída há muito tempo, passa por manutenção constante pela CBA, é fiscalizada pelos órgãos de controle. Não tem a mínima indicação que a barragem vai rachar, quebrar ou romper por causa do volume de água. Mesmo que ela venha a extravasar água pelo vertedouro – ou seja, que ela venha a verter água –, isso não necessariamente é um problema”, explicou André, que também é professor da UFSCar e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Crise Hídrica.

Durante a entrevista, o vice-presidente do CBH-SMT também falou sobre como funcionam os trabalhos do Comitê e do Grupo de Trabalho e explicou por que as barragens das Centrais Geradoras Hidrelétricas Votorantim e Santa Helena entraram em estado de atenção a partir desta segunda-feira (saiba mais aqui). André comentou, ainda, sobre as ações de desassoreamento e o que pode ser feito pelo poder público para evitar as enchentes.

“É preciso repensar a forma de ocupação da cidade, permitindo que tenha áreas altas menos ocupadas e áreas onde a água da chuva possa ser absorvida pelo solo, para evitar que você tenha grandes volumes de água que vão chegar no Rio Sorocaba ou mesmo nessas bacias de contenção. O Saae não é responsável por isso, o Saae faz a drenagem a partir da cidade já construída. Quem é responsável por essa ocupação urbana é a própria Prefeitura. É ela quem tem que impor limite de ocupação em algumas regiões, para que você não tenha uma total impermeabilização do solo e esse efeito de muita água sendo drenada para um mesmo ponto”, ressaltou.

Confira a íntegra da entrevista (a partir de 15min18s):

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