
As mudanças ocorrem em meio a decisão do Ministério da Saúde de decretar estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os ianomâmis. Foto: Arquivo/ Agência Brasil
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 33 coordenadores da Funai — Fundação Nacional dos Povos Indígenas — e dispensou outros quatro servidores que ocupavam cargos de coordenação. As publicações foram divulgadas em edição extra do Diário Oficial da União de segunda-feira (23).
As mudanças ocorrem em meio a decisão do Ministério da Saúde de decretar estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os ianomâmis.
Também foram exonerados outros cinco que atuavam como assessores da presidência e o chefe de gabinete da fundação, assim como o diretor do Museu do Índio da Funai. Foi dispensado, ainda, o corregedor da Funai.
A terra indígena ianomâmi, região com 30 mil habitantes localizada em Roraima, tem, neste momento, crianças e idosos em estado grave de saúde. Os principais problemas são desnutrição grave, malária e infecções respiratórias.
Em visita a Boa Vista, no sábado (21), o presidente Lula anunciou auxílio aos habitantes da região e combate ao garimpo ilegal. Na data, o petista disse ter visto durante a semana fotos que o abalaram e que a situação encontrada foi de abandono.
“Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo tratadas de forma desumana, como vi o povo ianomâmi ser tratado aqui, eu não acreditaria”, disse o presidente.
Na segunda (23), também foram exonerados 11 chefes distritais da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Entre eles está Marcio Sidney Sousa Cavalcante, que era o coordenador distrital de Saúde Indígena do leste de Roraima.