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Inaugurada há quatro meses, unidade de ensino tem sérios problemas estruturais

Creche/escola de Sorocaba não apresenta condições de receber as crianças na retomada do ano letivo, em 6 de fevereiro

Marcelo Macaus (Portal Porque)

Vereador Fernando Dini vai ao local e constata que salas têm infiltração de água e que piso está danificado. Foto: Assessoria Fernando Dini

Água vazando pelas paredes das classes e pelas caixas de disjuntores; cheiro de esgoto nos banheiros e na área de banho das crianças; piso dos banheiros depredado e deteriorado; trincas nas paredes; reservatório de água com risco de desabamento; portas emperradas, bem como entulho e restos de materiais abandonados desde a época da construção da unidade são alguns dos problemas encontrados no CEI 109 Benedicto Pagliato, localizado nas imediações do Largo do Divino, Vila Espírito Santo, zona oeste de Sorocaba.

São os moradores do bairro e os pais dos alunos que denunciam os problemas. O mais surpreendente é que a creche/escola municipal, frequentada por cerca de 200 bebês e crianças com até quatro anos, foi inaugura há apenas quatro meses e hoje se apresenta sem a mínima condição de reabrir na retomada do ano letivo, em 6 de fevereiro.

O vereador Fernando Dini (MDB) esteve no local, na tarde desta segunda-feira (23), constatou os diversos problemas e, no mesmo dia, oficiou o secretário de Educação de Sorocaba, Márcio Bortolli Carrara, além de o secretário de Segurança Urbana, Alexandre Anderson de Carvalho Caixeiro. Ele pede manutenção em toda a instalação da unidade para deixá-la apta a receber os alunos e ainda uma vistoria detalhada do imóvel.

Até o horário de publicação desta matéria pelo PORQUE, a Prefeitura de Sorocaba não havia respondido aos ofícios de Fernando Dini, garante a assessoria do parlamentar, que se mostra preocupado com os reais riscos às crianças e funcionários do CEI 109.

O vereador do MBD detalhou os problemas ao poder público. “A caixa dos disjuntores elétricos, ao lado dos bebedouros, se transforma numa cachoeira quando chove”, conta. “Como fica a segurança das crianças e dos funcionários com a eventual corrente elétrica energizando a área do pátio que fica molhada com as infiltrações?”

Em uma sala identificada como “Creche 1”, Fernando Dini constatou que a porta de acesso ao solário enrosca no piso e no batente, impossibilitando que seja aberta em mais da metade, gerando, assim, a preocupação se a estrutura daquele espaço está cedendo. “O piso do mesmo recinto em que bebês provavelmente vão engatinhar está todo danificado, podendo vir a causar esfolamentos e tombos”, acrescenta.

Em um dos banheiros infantis, o mau cheiro chega a ser insuportável. Em outro, a fiação elétrica fica exposta, está sem os chuveiros, além do piso trincado e queimado, resquício de quando o imóvel era frequentado por usuários de drogas, nos quase dez anos que permaneceu interditado justamente por problemas estruturais.

Restos de entulho e concretos da reforma realizada para a inauguração, em setembro, sequer foram recolhidos e ainda estão abandonados no gramado do interior da escola. O vereador entende que providências devem ser tomadas pelas secretarias responsáveis o mais rápido possível, inclusive para que não comprometa o retorno às aulas. “Muitos pais precisam ir trabalhar e deixar as crianças na creche com segurança”, conclui.

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