
A manifestação foi o primeiro ato de rua do recém-criado coletivo “Mulheres Pelos Animais”. Foto: Reprodução/Instagram
Na semana do Natal, um grupo de mulheres veganas ocupou as ruas do centro de Sorocaba para conscientizar a população sobre o consumo de carne nas festas de fim de ano. Para as ativistas, é uma contradição sacrificar animais para comemorar uma festa que é sinônimo de paz e amor. O ato foi realizado na última quarta, dia 21, por iniciativa do recém-criado coletivo feminista e antiespecista “Mulheres pelos Animais”. A manifestação foi o primeiro ato de rua do grupo.
“Quantas fêmeas não humanas foram exploradas e quantas crianças não humanas foram separadas de suas mães para compor a ceia natalina das famílias? Isso combina com a mensagem de paz dessa data?” — Estes foram alguns dos questionamentos que o coletivo “Mulheres pelos Animais” levou para a população sorocabana às vésperas do Natal.
Segundo a ativista Jussara Fernandes, integrante do coletivo, a receptividade das pessoas nas ruas foi incrível. “A maioria das pessoas que a gente abordou se mostrou curiosa pra entender do que se tratava a ação. Muitas vieram conversar conosco e a grande maioria concordou que o espírito natalino não condiz com o consumismo desenfreado e com o número de animais que são mortos para que os humanos possam celebrar o Natal e o Ano Novo”, explicou a ativista.
De acordo com a página do grupo no Instagram, o Coletivo Feminista Antiespecista “Mulheres pelos Animais” surgiu da idealização de um grupo de mulheres veganas e feministas que resolveram levar às ruas a reflexão a respeito do sofrimento que vivem as fêmeas não humanas e seus filhos na indústria de exploração animal.
“Aliando uma orientação feminista à causa animal, nosso objetivo é chamar a atenção especialmente das mulheres sobre as semelhanças que existem entre a opressão feminina na sociedade patriarcal e a exploração sexual e reprodutiva dos animais não humanos, sobretudo das fêmeas não humanas na pecuária de corte e leiteira, na avicultura, suinocultura, da produção de filhotes de raça, da experimentação animal e outras com base nos estudos feministas antiespecistas de Carol J. Adams e sua Política Sexual da Carne”, explica o grupo.
Para conhecer mais sobre o coletivo “Mulheres pelos Animais” acesse a página do grupo no Instagram (clique aqui).