
Edson Giriboni entrou para a vida pública em 1989, quando foi eleito vice-prefeito de Itapetininga, e ocupava uma vaga na Assembleia Legislativa desde 2006. Foto: Vera Massaro/Alesp
O deputado estadual por Itapetininga, Edson Giriboni (União Brasil), perdeu sua vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo para a próxima legislatura. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) retotalizou nesta quarta-feira (14) o resultado das eleições de outubro, o que deixou o representante da região na primeira suplência. Em seu lugar, vai assumir Dirceu Dalben (Cidadania), de Sumaré.
Esta foi a terceira retotalização dos votos que o TRE-SP realizou nessas eleições. O procedimento, desta vez, foi ocasionado após decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de aceitar o registro da candidatura de Dalben, que estava impugnada por causa de condenações por improbidade administrativa. Ele concorreu sub judice e obteve 93.397 votos.
Agora, no dia 6 de dezembro, a Corte Superior entendeu que o candidato poderia ter concorrido normalmente, já que ele recorreu das condenações ao Supremo Tribunal Federal (SFT) “e a suspensão de direitos políticos não é capaz de surtir efeito por ausência de trânsito em julgado”.
Desta forma, Itapetininga perdeu seu representante na Assembleia Legislativa, que ocupava o cargo de deputado estadual desde 2006. Edson Giriboni entrou para a vida pública em 1989, quando foi eleito vice-prefeito de Itapetininga, cargo que voltou a ocupar de 2001 a 2004. Dois anos depois, assumiu uma vaga na Assembleia Legislativa, sendo reeleito em 2010.
No mesmo ano, Giriboni foi convidado pelo então governador Geraldo Alckmin para ser secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, cargo que ocupou até 2014. No mesmo ano, foi reeleito para seu terceiro mandato como deputado estadual com 105.969 votos. Em 2018, ficou como primeiro suplente, mas assumiu uma vaga na Assembleia em janeiro de 2021.
Nas eleições deste ano, Giriboni obteve 59.087 votos, mas agora perdeu a vaga na retotalização, que também abarcou o julgamento de recursos de outros candidatos a deputado — todos sem votação expressiva, o que não acarretou mais mudanças.
Como funciona a retotalização
A assessoria de imprensa do TRE-SP explica que candidaturas indeferidas pela Justiça Eleitoral têm seus votos considerados nulos e excluídos da contagem para distribuição das vagas. No entanto, após o julgamento de eventuais recursos, caso essas candidaturas tenham o registro deferido, os votos voltam a ser considerados para a totalização.
“Não se trata de uma recontagem, situação na qual os resultados apurados nas urnas são novamente contados, voto a voto. A retotalização não interfere na apuração das urnas, mas sim no total de votos válidos”, explica o TRE-SP.
Esta foi a terceira retotalização de votos que o TRE-SP realizou nessas eleições. Na primeira, o candidato a deputado federal Pablo Marçal (PROS) passou à situação de “eleito” no lugar de Paulo Teixeira (PT). Ele concorrera sub judice, mas a decisão foi reformada pela Justiça Eleitoral de São Paulo e seus votos foram validados. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a candidatura de Marçal deveria permanecer indeferida, obrigando o TRE-SP a fazer a segunda retotalização para manter a vaga de Paulo Teixeira na Câmara dos Deputados.