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Câmara de Sorocaba vota a nova composição da Mesa Diretora nesta quinta-feira

Vereadores escolherão quem presidirá a Casa para o exercício 2023/2024 na sessão desta quinta-feira, que é a última do ano

Maíra Fernandes (Portal Porque)

Quatro nomes foram confirmados para concorrer à presidência da Mesa Diretora atual, entre eles, o do atual presidente, Cláudio Sorocaba, que busca a reeleição. Foto: reprodução/TV Câmara

Em sua última sessão do ano, a Câmara Municipal de Sorocaba vota, na quinta-feira, 15, a composição da nova Mesa Diretora da Casa para os próximos dois anos. Conforme apurado pelo PORQUE, pelo menos quatro nomes estão confirmados para concorrer ao cargo da presidência: Claudio Sorocaba (PL), que é o atual presidente e concorre à reeleição; Péricles Régis (Podemos); Cícero João (PSD) e Fernanda Garcia (Psol). Até a publicação desta matéria, a vereadora Iara Bernardi (PT) não havia confirmado se concorreria ou não ao pleito.

Questionados, poucos parlamentares quiseram adiantar o voto à reportagem. No entanto, os bastidores da Câmara nesta quarta-feira, 14, foram de movimentações e conversas em busca de apoios e nomes para as possíveis sucessões. Atualmente a Mesa é formada, em sua maioria, por vereadores da base aliada ao prefeito Rodrigo Manga (Republicanos): presidente Cláudio Sorocaba (PL); vice-presidentes Luís Santos (Republicanos), Fausto Peres (Podemos) e Cícero João (PSD); e secretários Fábio Simoa (Republicanos), João Donizeti Silvestre (PSDB) e Silvano Jr. (Republicanos).

Ainda em outubro já havia movimentação dos parlamentares pela corrida à presidência, com uma mobilização bastante enfática por parte do vereador Cícero João. À época, ele deixou explicita a crítica à condução atual da Câmara em “parceria” com a Prefeitura e sem autonomia, e vislumbrava uma divisão de votos entre ele e o atual presidente, por conta do descontentamento da parte dos parlamentares, incluindo aliados de Manga.

Cícero, que se fortaleceu como oposição, principalmente por conta das críticas à gestão de Manga que vem veiculando em suas redes sociais, não respondeu ao questionamento do PORQUE nesta quarta-feira.

Do mesmo modo, o vereador Péricles Régis já havia se colocado à disposição na concorrência à vaga da presidência e reiterou que segue candidato. Para ele, é importante fazer valer esse intervalo de dois anos entre uma legislatura e outra, como uma forma de oxigenar a condução do cargo. “Entendo que é preciso fortalecer as comissões internas, ampliar os debates, propor reformulação do regimento interno e, principalmente, contribuir para construções coletivas que colaboram para a vida da população. Portanto, coloquei meu nome à disposição para o próximo pleito”, afirmou.

Única mulher, até o momento, a se candidatar, a vereadora Fernanda Garcia criticou duramente a condução da Câmara e a cooptação da Casa pela Prefeitura. “Tornou-se rotina o envio de projetos problemáticos pelo prefeito, para votação em sessões extraordinárias, sem nenhuma condição de discutir amplamente. Pior, muitos desses projetos são autorizações para ele ampliar seus poderes, onde a Câmara simplesmente permitiu a tomada de empréstimos, execução de programas e outras iniciativas, sem conhecer detalhadamente as ações que seriam executadas. Usamos aqui, como analogia, a afirmação que a Câmara se especializou em distribuir ‘cheques em branco’ para o governo”, criticou, lembrando da negativa da Casa à abertura da CPI proposta pelos vereadores da oposição, cuja finalidade seria investigar o gasto milionário do governo Manga com a aquisição do prédio da Secretaria de Educação (Sedu)

Fernanda citou ainda problemas como a retirada da Tribuna Popular, que permitia a qualquer cidadão do município falar durante a sessão; o cerceamento à fala dos parlamentares (sobretudo as mulheres); a redução do tempo de convocação de sessões extraordinárias; além da votação de projetos sensíveis à população, sem abertura de audiências públicas para debater com a sociedade.

Ao apresentar sua candidatura, Fernanda observou que, caso eleita, será a primeira vez na história que a cidade terá uma mulher presidindo o parlamento municipal.

Para a hora do pleito

A maioria dos vereadores procurados pelo Porque resolveu não responder ao questionamento. Os vereadores Fernando Dini (MDB) e Hélio Brasileiro (PSDB) disseram que deixarão para manifestar a intenção de voto na hora do pleito. Vinícius Aith (PRTB) também vai aguardar como ficará o quadro no momento para depois se posicionar, considerando que poderá haver mudanças de última hora.

O vereador Rodrigo do Treviso (União), que já havia adiantado a necessidade de mudança na condução da Casa, estava em tratativas ainda na tarde desta quarta-feira, e não adiantou o seu voto. Do mesmo modo, Iara Bernardi (PT) ainda discutia qual seria sua posição e, como ventilado nos corredores, estava por decidir se concorreria ao cargo ou apoiaria outro nome.

Dos parlamentares procurados, apenas Cristiano Passos (Republicanos) confirmou seu voto pelo continuísmo da gestão do atual presidente, Claudio Sorocaba e, conforme sua análise, a vitória do parlamentar é certa. “Vence com folga”, adiantou.

Como ocorre a votação

Conforme preveem a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Casa, a eleição da Mesa deve ocorrer, obrigatoriamente, na última sessão ordinária do ano, assumindo os eleitos suas funções em 1º de janeiro do ano seguinte.

A eleição dos membros da Mesa será feita por votação nominal, com cédulas nas quais constarão as especificações dos cargos, que serão lidas e assinadas pelo vereador votante. Havendo empate para o mesmo cargo, os dois mais votados concorrerão a um segundo escrutínio e, se persistir o empate, disputarão o cargo por sorteio. Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.

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