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Plenário do STF decide na terça se mantém ‘bênção’ de ministro a deputados bolsonaristas cassados

Redação Porque

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza na terça-feira, 7, uma sessão extraordinária do Plenário Virtual, para analisar mandado de segurança impetrado contra decisão do ministro Nunes Marques, que anulou sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao devolver o mandato ao deputado estadual Fernando Francischini, do Paraná.

A sessão extraordinária virtual, com início à 0h e término às 23h59, foi convocada pelo presidente do STF, ministro Luiz Fux, a pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora do Mandado de Segurança (MS) 38599, impetrado pelo deputado estadual Pedro Paulo Bazana, que perde sua cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná com a anulação da cassação de Francischini.

O autor da ação relata que está na iminência de ser afastado do Legislativo estadual paranaense devido à decisão do ministro Nunes Marques proferida na Tutela Provisória Antecedente (TPA) 39, na última quinta-feira, 2.

O ministro Nunes Marques anulou sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao devolver o mandato ao deputado estadual Fernando Francischini, do Paraná. (Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado)

Segundo as alegações de Bazana, as partes autoras da TPA empreenderam manobra para afastar a ministra Cármen Lúcia da relatoria do caso, com a “falsa premissa” de que se tratava de processo relacionado à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 761, relatada pelo ministro Nunes Marques. Diante disso, sustenta que “não há outro caminho senão a nulidade absoluta de todos os atos contaminados por essa fraude”.

O deputado argumenta ainda que a decisão do ministro afastou o entendimento da Justiça Eleitoral aplicado ao caso, analisando interpretação dada à legislação infraconstitucional e reexaminando os fatos e as provas dos autos, hipótese que, segundo a jurisprudência do STF, estabelecida na Súmula 279, não é cabível no âmbito de recurso extraordinário.

DECISÃO POLÊMICA

Na noite de quinta-feira, 2, o ministro Nunes Marques deflagrou um princípio de crise no STF e entre o STF e o TSE, ao decidir pela anulação de duas cassações praticadas pela Corte eleitoral, contra o deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR) e o deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE), ambos bolsonaristas.
Francischini foi cassado em outubro de 2021 pelo TSE, por disseminar vídeo com notícias falsas sobre fraudes nas urnas eletrônicas durante as eleições de 2018. Além de perder o mandato, o deputado foi punido com inelegibilidade por oito anos.

A cassação de Valdevan, também anulada por Nunes Marques, foi decidida em março deste ano, por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018. A conduta do deputado, maculada por captação e gasto ilícito de recursos mediante depósitos de valores de origem não identificada, já havia sido detectada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sergipe, cujo parecer foi confirmado pelo TSE.

Da Redação, com informações do STF e CNN.

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